domingo, 26 de agosto de 2012

O abismo entre ricos e pobres



O Brasil é o quarto país da América Latina que pior distribui sua renda. Dos 18 vizinhos do continente, só perde para Guatemala, Honduras e Colômbia quando é medido o abismo entre ricos e pobres, constata pesquisa da ONU divulgada na terça-feira. Bolívia, Nicarágua, Equador e Peru são países mais pobres que o Brasil, não têm nossas riquezas minerais e agrícolas, indústrias sofisticadas, bancos e empresas que ocupam o topo entre as maiores do mundo. Por que estão à frente do nosso país quando se avalia a distribuição das riquezas entre seus habitantes? Afinal, pouco significou a migração de 40 milhões de pobres para uma "nova classe média" nos últimos 12 anos?

Em primeiro lugar, ao criar esse conceito de classe, o economista Marcelo Neri (que acaba de ser indicado presidente do Ipea) teve o cuidado de agregar a palavra "nova" para dissociá-lo da classe média tradicional, de maior poder aquisitivo. São pessoas com renda familiar entre R$ 1,7 mil e R$ 7,5 mil, e a maioria situada na faixa mais baixa, portanto com renda próxima à dos pobres, que podem comprar um carro com dez anos de uso, mas não um zero km.
Foram os programas de transferência de renda - criados na gestão FHC (Bolsa-Escola, erradicação do trabalho infantil, auxílio-gás, etc.) e concentrados por Lula no Bolsa-Família - os maiores responsáveis por essa mobilidade social. Sem dúvida, foi um enorme progresso para um país onde os programas sociais tinham eficácia zero até então, mas longe de resolver o problema da descomunal distância de renda entre ricos e pobres. Fora isso, a estabilidade econômica após o Plano Real, o investimento em educação dirigido ao ensino fundamental e a política de reajuste do salário mínimo acima da inflação ajudaram a encurtar essa distância.
Porém, seja por inércia ou por pressões políticas, permanece intacto o aparato de leis, regras e escolhas (erradas) feitas por governantes que desde sempre sustenta a concentração da renda do País na pequena parcela de ricos. Na educação houve algum progresso: se, no início dos anos 90, havia 17% de crianças fora da escola, hoje só há 2%. Mas a qualidade do ensino é tão ruim que grande parte dessas crianças não passa do estágio de analfabetismo funcional. A escolaridade média da população quase estagnou: nos últimos 20 anos passou de 5 para apenas 7,3 anos de permanência na escola. É o que explica a baixa produtividade do trabalhador e a desvantagem do Brasil em qualidade de produtos em relação aos fabricados na Ásia, por exemplo, onde é normal trabalhadores terem cursado universidade.
O sistemático recuo dos governantes, que preferem ceder a pressões políticas a fazer uma reforma tributária consistente, também tem alimentado a concentração da renda. Segundo pesquisa da Fiesp baseada em números da Receita Federal, as famílias pobres que vivem com até dois salários mínimos comprometem 48,9% de sua renda em pagamento de impostos, quase o dobro dos 26,3% pagos pelas famílias com renda acima de R$ 20 mil.
Ao se apropriarem de 35% de toda a renda do País arrecadando tributos, os governos (federal, estaduais e municipais) têm enorme poder de concentrar ou desconcentrar pobreza e riqueza, dependendo de suas escolhas para aplicar verbas públicas. E desde sempre essas escolhas têm beneficiado mais ricos do que pobres, mais quem grita e faz pressão política do que os excluídos silenciosos. Ao ampliar de 25 para 38 o número de ministérios, Lula escolheu concentrar gastos com o funcionalismo, sabendo que vai faltar dinheiro para hospitais atenderem doentes; para escolas qualificarem professores; para construir rede de esgoto e água tratada; para ações que reduzam a violência entre jovens; enfim, para aplicar dinheiro público a serviço de uma distribuição mais justa da renda.
Enquanto os governos não derem uma guinada na estrutura jurídica voltada para o social e seguirem privilegiando quem não precisa, o Brasil pode produzir e acumular riqueza, mas vai continuar ocupando o vergonhoso 4.o lugar entre os piores na partilha da renda.

Suely Caldas
O estado de São Paulo
26/08/2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O agro e o iPad



Ronaldo Luiz

O desempenho do agro nos últimos anos gerou divisas para o País, barateou a comida e permitiu que o Brasil tivesse caixa para importar produtos em áreas em que ainda teremos que percorrer chão para sermos competitivos. “Costumo dizer que se não fosse o agro, não teríamos como comprar iPad’s”, brincou Marcos Fava Neves, professor da FEA/USP (Ribeirão Preto-SP) e um dos principais especialistas em agro do País, em palestra promovida pela Abag-RP, a jornalistas e estudantes de jornalismo, no final da semana passada – (sexta, 17) – em Franca (SP).

O colchão de recursos gerado pelo agro e que fortaleceu a economia brasileira pode ser visto em números. De 1989 até 2011, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações do setor cresceram 6,8 vezes, saltando de US$ 13,9 bilhões para US$ 94,9 bi, o equivalente, no ano passado, a 37% do total exportado pelo País. No mesmo período, as exportações totais do Brasil saltaram de US$ 34,3 bi para US$ 256 bi.

Em 2011, o superávit do País chegou a US$ 29,8 bi, mas o do agro foi bem mais longe, totalizando US$ 77,4 bi. Além disso, no tocante ao desempenho produtivo, o agro, mais especificamente a agropecuária se destacou em 2011 como o setor que mais cresceu no Brasil (3,9%), ante 1,6% da indústria e 2,7% do segmento de serviços.

“A verdade é que sem os números positivos da agropecuária brasileira, o saldo da balança comercial ficaria negativo”, frisou Fava Neves, acrescentando que já em novembro o recorde de exportações do agro deverá ser batido, com o setor alcançando a cifra de US$ 100 bi. “A seca nos Estados Unidos e o câmbio dão impulso às vendas dos produtos agrícolas brasileiros no exterior.”

Para quem é contra a exportação de commodities, Fava Neves pontuou que é importante sim o Brasil agregar valor à pauta exportadora, mas ressalvou que quem critica desconhece a tecnologia existente no agro brasileiro. ”Há um forte conteúdo tecnológico presente na maioria das cadeias produtivas do setor.”

Agro viabiliza importações do País

O balanço positivo de pagamentos do País, proporcionado pelos bons resultados do comércio exterior – puxados pelo agro –, também contribuiu para que as importações brasileiras avançassem. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as importações subiram de US$ 91,4 bi em 2006 para US$ 226,2 bi em 2011. “Por exemplo, o ingresso e a instalação de fábricas de carros importados no Brasil devem muito ao desempenho do agro”, disse Fava Neves.

O dinamismo do agro como carro-chefe das exportações encontra ressonância em declarações públicas do próprio governo Dilma. Um exemplo é o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que no lançamento do Plano Nacional da Cultura Exportadora, nessa quarta-feira (22), em Brasília (DF), ressaltou que “a indústria brasileira deve se adaptar para crescer de forma semelhante aos setores agrícola e mineral”.

Mais renda para a população

Mas não é só do ponto de vista exportador que o agro contribuiu para a economia do País. Entre 1995 e 2008, o crescimento do setor promoveu a transferência de R$ 854 bi para a população em geral, aponta a premiada tese de doutorado – datada de 2010 – “Transferências interna e externa de renda do agronegócio brasileiro”, de autoria de Adriana Ferreira Silva, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Segundo a pesquisadora, o objetivo da tese foi calcular quanto o agro transferiu para os demais setores da economia nacional e ao exterior ao longo do período escolhido, que é caracterizado por controle da inflação, expansão de programas de transferência de renda e crescimento do comércio internacional. Na avaliação de Adriana, as iniciativas de caráter doméstico tiveram o efeito de reduzir a concentração de renda e da pobreza no Brasil e os ganhos de produtividade do agro tiveram importante contribuição nesse processo.

“Os beneficiários do controle da inflação e dos programas de transferência de renda gastam grande parte de sua renda em bens de origem agropecuária, em especial alimentos. Nesse sentido, para que a distribuição da renda fosse efetiva e proporcionasse o aumento do consumo tanto de alimentos quanto de bens de outros setores, era importante que os preços do agro aumentassem menos que a elevação da renda ou tivessem mesmo redução. Para isso, os ganhos de produtividade do agro foram fundamentais”, diz a tese.

Em síntese, de acordo com a pesquisadora, a redução dos preços reais dos produtos agropecuários foi fator primordial na melhoria do poder aquisitivo dos consumidores, em especial, para as famílias de baixa renda.

Futuro

Como não poderia ser diferente, para Fava Neves, a agenda do agro brasileiro passa pela China, especialmente pelo fato de que o fenômeno da migração populacional do campo para as cidades se acentuará no país asiático nos próximos anos. No entanto, alertou que o Brasil tem, no mínimo, três grandes desafios a superar: resolver as questões ligadas à infraestrutura logística, o emaranhado tributário e o inchaço do Estado.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sucessão na agricultura familiar será foco do espaço da Emater/RS-Ascar durante 35ª Expointer



Crédito: Katia Marcon
O espaço Caminhos da Integração, área de 8 mil metros quadrados que a Emater/RS-Ascar ocupará no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a 35ª Expointer, terá como tema central “Renda e qualidade de vida - caminhos para a sucessão na agricultura familiar”. A Expointer, considerada uma das maiores e mais importantes exposições-feira do mundo, será realizada de 25 de agosto a 2 de setembro.

Conforme o coordenador do Caminhos da Integração, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Volnei Wruch Leitzke, o objetivo do espaço é colocar o tema da sucessão na agricultura familiar na pauta de discussões da sociedade. Segundo informações da Emater/RS-Ascar, cerca de 30% das 442 mil propriedades rurais não têm sucessor definido no Rio Grande do Sul.

Além da sucessão familiar, a Emater/RS-Ascar mostrará durante a 35ª Expointer, o trabalho e as ações desenvolvidos pela extensão rural no Estado, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a renda no meio rural, dando condições para que os agricultores e pecuaristas familiares permaneçam no campo. Diversificação rural, produção sustentável, preocupação com a biodiversidade e o ambiente, organização rural e capacitação profissional serão alguns dos temas apresentados no espaço Caminhos da Integração.


Confira as atrações do Caminhos da Integração:

Irrigação e Cooperativismo
A irrigação, foco da Expointer este ano, também terá vez no Caminhos da Integração. No espaço da Emater/RS-Ascar na feira, além da demonstração de sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão, haverá também um estande no qual os técnicos repassarão orientações aos produtores rurais que estiverem interessados em implementar sistemas de irrigação em suas propriedades. Em relação ao tema cooperativismo, o objetivo é divulgar o Programa Gaúcho de Cooperativismo Rural e o Programa de Extensão Cooperativa, iniciativas voltadas à qualificação da gestão em cooperativas e ao fortalecimento da agricultura familiar no Rio Grande do Sul.


Casa da Família Rural - Centros de Treinamento
A Casa da Família Rural é destinada à visitação e à troca de informações com extensionistas de Bem-Estar Social da Emater/RS-Ascar. O objetivo é que os visitantes possam se sentir como se estivessem em uma casa típica da agricultura familiar, e mostrar o artesanato feito com palha de bananeira, bambu, lã ovina, entre outros. Na parte externa da Casa, os Centros de Formação da Emater/RS-Ascar de Erechim, Não-me-Toque e Bom Progresso divulgarão os cursos oferecidos nessas unidades e os produtos elaborados para os visitantes.

Cultivo Protegido de Videiras
A parcela apresenta a tecnologia de cultivo protegido de videiras de mesa, visando à redução dos efeitos das adversidades climáticas na produção. O sistema tem como resultados maior produtividade, maior estabilidade da produção, menores aplicações de fungicidas e melhoria da qualidade da uva.

Pecuária Familiar
O espaço apresentará o estilo de vida do pecuarista familiar e o sistema de produção praticado em suas unidades familiares, dando visibilidade aos valores e aos costumes desse importante público assistido pela Emater/RS-Ascar. Neste ano, será dado maior destaque à ovinocultura, através da participação da Associação de Ovinocultores da Centro-Sul e da exposição de peças de artesanato em lã ovina. Também haverá demonstração do trabalho com couro na transformação de petrechos utilizados nas rotinas da lida com os animais.

Jardim Sensorial
Neste espaço, o público visitante poderá percorrer um caminho que estimula e aguça os sentidos e a percepção, no contato com diversos elementos, materiais, plantas e aromas naturais. O objetivo é reaproximar o ser humano do ambiente que o cerca.

Piscicultura e Pesca - Feiras do Peixe
Técnicos da Emater/RS-Ascar repassarão aos visitantes orientações sobre a criação comercial de carpas em cativeiro, em policultivo. No local, foi montado um tanque no qual serão expostos peixes adultos com o tamanho e as características adequados para o mercado. Assim como ocorre durante as Feiras do Peixe realizadas durante a Semana Santa, também serão instaladas piscinas com peixes vivos e estruturas de apoio como barracas de feira, balanças e aeradores. O objetivo é dar visibilidade às Feiras do Peixe, importante meio de comercialização para os produtores, divulgando também o trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar na organização da produção, da comercialização e do abastecimento.

Apicultura e Meliponicultura
Com o objetivo de integrar extensão, ensino, pesquisa e educação ambiental, neste espaço será demonstrado o potencial da produção de mel na geração de renda e na segurança alimentar da propriedade familiar, além dos benefícios da apicultura para a polinização e promoção da biodiversidade. Os visitantes poderão conferir ainda o funcionamento de uma máquina de processar e embalar o mel e participar de oficinas de produção de velas à base de cera produzida pelas abelhas e degustação de mel de diferentes floradas.

Produção Agroecológica Integrada Sustentável (Pais)
A tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), idealizada em 1999 pelo engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye e adotada por cerca de sete mil famílias de pequenos agricultores em 19 Estados brasileiros, utiliza técnicas específicas de otimização do uso de recursos naturais e socioeconômicos, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais. Tem por objetivos a sustentabilidade econômica e ecológica em pequenas propriedades, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não renovável e a manutenção do ambiente de cultivo com uma boa diversidade de culturas.

Cultivo de mudas e hortaliças em ambiente protegido
A produção de olerícolas em ambiente protegido, como alternativa de renda aos produtores rurais da região, será o foco desta temática. Os visitantes poderão conferir desde o preparo de substrato até o desenvolvimento das plantas.

Monitoramento e controle de pragas da fruticultura
A proposta do espaço é demonstrar como o produtor pode fazer para minimizar o ataque de pragas na fruticultura através do controle integrado, com a utilização de feromônios, iscas e armadilhas luminosas.

Biodiversidade
Nesta parcela, serão demonstrados os cuidados que se deve ter com o solo, compostagem, água, sementes crioulas, plantas bioativas e seus usos. Haverá também mostra de sementes crioulas.

Mudas Cítricas de Qualidade
Buscando dar evidência à importância de uma boa muda, sadia, para a produção de laranjas, bergamotas e limões, viveiristas da Aprocitros repassarão algumas informações ao público interessado na produção de mudas de qualidade.

Turismo Rural e Artesanato
Divulgar as rotas e os roteiros de turismo rural na agricultura familiar do Rio Grande do Sul é a proposta deste espaço, além de promover a cultura regional, a produção associada e a relação com a extensão rural.

Carvão Vegetal
Nesta parcela, o público poderá conferir o resultado de pesquisas sobre a cadeia produtiva do carvão vegetal, incluindo desde adaptações dos fornos, uso de coprodutos e cuidados com a saúde do carvoeiro e de sua família. O foco é a redução dos impactos ambientais, principalmente quanto às emissões de fumaça e qualidade do ar.

Sistemas Agroflorestais
São sistemas de produção que integram, em uma mesma área, ao longo do tempo, florestas em associação com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, buscando a melhor utilização dos recursos naturais disponíveis, como a água, o solo e a luminosidade. As demonstrações neste espaço darão ênfase ao desenvolvimento de sistemas de produção com adequação ambiental da propriedade, destacando as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, bem como a biodiversidade e a produção e conservação da água.

Hortas em Pequenos Espaços
Voltada ao público urbano, esta parcela mostrará técnicas de plantio de ervas medicinais e aromáticas em pequenos espaços, ideais para quem mora em apartamento ou dispõe de um quintal em casa.

A 35ª Expointer será realizada de 25 de agosto a 2 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Morangos cultivados o ano todo


Uma fruta tenra, doce, de cor vermelho marcante e com 80% menos de agroquímicos. Este é o resultado da produção de morangos através da semi-hidroponia, técnica que vem ganhando cada vez mais adeptos nas principais regiões produtoras da fruta no RS. A produção diferenciada e repleta de vantagens estabilizou a produção do morango, que é oferecido em praticamente todos os meses do ano. A Emater espera que, nos próximos três anos, mais de 50% da produção gaúcha (que em 2011 foi de 18,5 mil toneladas) venha desta técnica. A evolução é notável.

Na cidade de Bom Princípio, onde a associação de produtores tem 50 integrantes, há três anos, apenas dois produtores usavam a técnica. Hoje, 40 têm pomares com o sistema. O morango é tradicionalmente plantado no chão. Na semi-hidroponia, as mudas são implantadas em um substrato orgânico, feito de casca de arroz e subprodutos da indústria de celulose. Esse substrato é acomodado em sacolas plásticas brancas de 40 litros. Em cada sacola cabem de oito a 10 plantas. Essas sacolas são dispostas em um estrado de madeira, de 70 centímetros.

O espaço recomendado pela Emater é de 200m, onde cabem 3,2 mil plantas, três vezes mais do que se fossem plantadas em mesma área no solo. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Enio Ângelo Todeschini, a produtividade também é três vezes maior. A redução do uso de agroquímicos resulta em menos custos e um produto mais saudável. Outra vantagem é que o trabalho do produtor fica menos penoso.

06/08/2012
Correio do Povo
http://www.agrolink.com.br/noticias/ClippingDetalhe.aspx?CodNoticia=171144