terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Chuvas fortes e generalizadas voltam a atingir o RS a partir de 10/02




O tempo seco já começa a preocupar os produtores de soja do Rio Grande do Sul, pois a planta está agora no período de enchimento de grãos, fase decisiva do desenvolvimento da lavoura. As chuvas que atingiram o Estado em janeiro ficaram concentradas apenas na primeira semana do mês. Em Palmeira das Missões-RS o mês passado terminou com chuvas dentro da média, de 150mm, porém elas aconteceram nos primeiros sete dias do ano. Na cidade, desse acumulado, 110mm foram observados em apenas dois dias. Como o solo gaúcho não retém muita água, os últimos 20 dias sem chuvas começam a trazer preocupações.

O mês mudou, mas as condições meteorológicas ainda não. De acordo com a previsão da Somar Meteorologia, o padrão de chuvas fica diferente a partir do dia 10 de fevereiro, quando as frentes frias passam a ficar mais organizadas na metade sul do país, o que contribui para chuvas mais frequentes no Rio Grande do Sul. Em Ijuí-RS os volumes de chuva começam a ficar acima dos 10mm e as precipitações passam a ser mais frequentes a partir do domingo de Carnaval. 

Além de contribuir para a produção de soja gaúcha, a mudança no padrão das chuvas deve ajudar também na continuação da colheita no Centro-Oeste. O Estado do Mato Grosso enfrenta alguns problemas nas lavouras por causa do excesso de água, em Nova Mutum-MT o mês de janeiro terminou com chuvas cerca de 25% acima da média, pois o acumulado foi de 415mm, sendo que o normal para o período seria chover 330mm. O problema não foi apenas a quantidade de chuva, mas ela caiu constantemente, dos 31 dias do mês passado, choveu 24 na cidade.

As simulações mostram uma boa redução nas chuvas do Centro-Oeste depois do dia 5 de fevereiro. “Os acumulados, que nessa semana ainda passam dos 100mm em boa parte dessa região, nos próximos dez dias devem ser de cerca de 70mm entre Mato Grosso, Goiás e norte do Mato Grosso do Sul”, explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury. As chuvas voltam a acontecer em forma de pancadas, ou seja, o sol aparece por mais tempo, o que melhora as condições de colheita e mantém a umidade do solo para o plantio do milho.

04/02/2013
Rafaela Vendramini 
Jornal do Tempo

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