Na região, uma das principais cadeias produtivas é a do milho, cultura que requer o mínimo de 250 milímetros anuais de chuva para ser produzida. No Ceará, 89% do milho vem da produção de agricultores familiares como Solange Gomes, 29 anos, que mora em Banabuiú. Pessoas como ela são as mais atingidas pela estiagem, que compromete o plantio e a fonte de renda das famílias. Apesar da dificuldade imposta pela natureza, Solange conta com o Garantia-Safra, política pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para assegurar o sustento da família.
A ação visa minimizar os efeitos da estiagem e assegurar condições de sobrevivência aos agricultores familiares que dependem das chuvas para produzir. Com o Garantia-Safra, o agricultor familiar com renda até 1,5 salário mínimo tem a garantia de receber o seguro em caso de perda de, pelo menos, 50% da produção do município, como é o caso de Banabuiú. Os recursos são provenientes do Fundo Garantia-Safra, formado por contribuições da União, estados, municípios e agricultores de convivência com o Semiárido. Os agricultores recebem o recurso em até seis parcelas mensais, por meio de cartões eletrônicos da Caixa Econômica Federal.
“Antes do seguro, era um sofrimento grande porque a gente vive da terra e não tinha como plantar sem chuva”, conta a agricultora. Solange se inscreveu logo quando o seguro foi lançado, em abril de 2002. Desde então, já recebeu o benefício duas vezes, nas safras 2009/2010 e 2011/2012. A agricultora faz parte de mais de 233 mil agricultores atualmente beneficiados pelo seguro. Até a safra passada, o Garantia-Safra atendeu 771.457 agricultores familiares. “Lógico que jamais trocaríamos um inverno bom pelo seguro, mas, na falta de água, é nele que confiamos nossa fonte de renda e de alimento. Sem ele, era rezar pra não morrer de fome”, desabafa Solange.
24/09/2012 03:41Portal MDA
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