quarta-feira, 26 de junho de 2013

Transgênicos podem evitar desmatamento na Amazônia, diz cientista



Transgênicos podem evitar desmatamento na Amazônia, diz cientista


De acordo com o biólogo Marcos Buckeridge, os organismos geneticamente modificados podem ser a solução para aumentar a produtividade agrícola – e assim diminuir o desmatamento na Amazônia. "Transgênicos podem ser a chave para uma ação rápida. As tecnologias vão ter que ser usadas para suprir alimentos. E vão ter que ser usadas no Brasil", defende o professor livre-docente da USP e um dos autores do próximo relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).
Já é fato comprovado que as terras amazônicas têm sido utilizadas para o cultivo da cana de açúcar e soja. “Esse é um ponto polêmico, mas o uso de geneticamente modificados na região agrícola do Brasil beneficia a Amazônia, por não exercer tanto impacto”, explica Buckeridge.


Segundo pesquisador da USP, os trangênicos podem controlar pragas de insetos e melhorar o desempenho em épocas de seca. O resultado disso é uma produtividade ampliada em um espaço menor – o que reduz sensivelmente a necessidade de abrir novas áreas para plantações.



O biólogo admite, porém, que há “problemas políticos” na enorme burocracia para aprovação de transgênicos. “Aí só nos sobrará substituir variedades (o que é mais lento ainda), ou então importar alimentos. Mas de onde? A que preço?”, questiona.

24/06/2013
Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

terça-feira, 25 de junho de 2013

“O campo está exposto” - Ignorância e negligência de alto risco


“O campo está exposto” - Ignorância e negligência de alto risco





A ignorância e a negligência são os principais fatores causadores de acidentes e doenças ocupacionais no campo. A afirmação é do engenheiro agrônomo e de segurança do trabalho Lino Hamann, diretor da Elo Engenharia. O Portal Agrolink iniciou na terça (18) uma série especial sobre o tema. Nessa edição, o especialista aponta causas e origens do problema, bem como o que deveria ser feito.

“É muito baixo o nível cultural e profissional do trabalhador rural brasileiro, de forma geral. Em recentes cursos que fiz no interior do Rio Grande do Sul, havia um quesito sobre a escolaridade nas fichas de inscrições dos participantes. A grande maioria tinha o curso fundamental incompleto, e raros com segundo grau, seja completo ou incompleto. Isto em uma região com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)”, exemplifica Hamann.

“Essa mão de obra lida diariamente em atividades de alto risco, sujeitos a acidentes e doenças ocupacionais que poderão ser fatais, ou ter reflexos por toda a vida. Estão expostos ao perigo e riscos, na grande maioria dos casos, sob o manto da ignorância e ou da negligência”, aponta o engenheiro.

Segundo ele, as situações de alto risco não envolvem apenas quem lida com agroquímicos: “O manuseio diário com máquinas e equipamentos agrícolas; a exposição diária aos efeitos das intempéries; o levantamento de peso em excesso (e de forma continuada); e a exposição ao ataque de animais peçonhentos, são situações que expõem o trabalhador. Acidentes em silos e armazéns graneleiros são frequentes – e normalmente fatais”.

O CAMINHO

Lino Hamann aponta o que deveria ser feito. “Para todos os casos há a necessidade de capacitação dos trabalhadores, através de cursos específicos, como ditam as Normas Regulamentadoras (NRs), além de palestras motivacionais – inclusive para empregadores, dirigentes e lideranças do setor.  

Questionado sobre a quais leis o agricultor deveria estar atento, o especialista enfatiza a “NR 31 – Se as lideranças, empregadores, empregados e profissionais da área rural observassem essa norma, os acidentes e doenças ocupacionais no campo reduziriam drasticamente. Ela abarca praticamente todas as atividades rurais e suas respectivas seguranças no trabalho”. 

Ele cita ainda outras normas para “casos mais específicos e pontuais, como Equipamentos de  Proteção (NR 6), Prevenção de Riscos ambienteais (NR 9), Máquinas e Equipamentos (NR 12), Ergonomia (NR 17), Trabalho a Céu Aberto (NR 21) e Espaço Confinado (NR 33), entre outras”.

19/06/2013
Leonardo Gottems

Horticultura e fruticultura são contempladas com mais financiamento





O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta semana, uma série de medidas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/2014. O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) que é vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa de Hortifrutiflorigranjeiros (Pró-Horti) e da Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira, comenta que uma das medidas foi o aumento do limite de financiamentos de custeio para horticultura e fruticultura e a instituição do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica da Produção Agropecuária (Inovagro).


Os valores passaram de R$ 800 mil para R$ 1 milhão por beneficiário. Também foi autorizado o limite adicional de 15% para incluir os produtores rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e mais R$ 1 milhão para culturas de batata inglesa, cebola, feijão, mandioca, tomate, demais verduras (folhagens) e legumes. “Trata-se de importante decisão para o setor que estimula o aumento da produção dessas culturas essenciais para população”, sintetiza.


Ainda foram aprovadas as medidas para empréstimos nas modalidades de investimento do crédito rural. Entre elas, a instituição do Inovagro, que visa fomentar o financiamento à incorporação tecnológica nas propriedades rurais. Os juros serão de 3,5% ao ano e o prazo de pagamento de até 10 anos, com carência de até três anos. No Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), a taxa de juros caiu de 5,5% para 4,5% ao ano.


20/06/2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Alga: o novo ingrediente mundial para alimentação animal?



O interesse sobre a utilização de algas em alimentação animal não é novo. Porém, recentemente, este interesse explodiu em forma de diversos estudos e projetos pelo mundo em busca do valor da alga como um possível ingrediente para rações.

De acordo com o artigo “Algae - the new universal feed ingredient?”, do especialista americano Ioannis Mavromichalis, PhD em Nutrição Animal, a alga é um ingrediente relativamente barato, abundante e fácil de se cultivar. “No entanto, a alga ainda não é reconhecida e é muito pouco explorada”, destaca. “Dessa forma, o foco em seu interesse como componente alternativo para a nutrição animal vem aumentando significativamente, já que os preços exorbitantes de cereais comuns às rações de aves, como o milho e a soja, não param de subir”.

Do ponto de vista nuticional, Mavromichalis diz que a alga contém acima de 40% de proteína (dependendo de sua espécie), e quantidades significativas de minerais e vitaminas. “O seu particular interesse está sobre o seu conteúdo de minerais, que pode ser superior a 30% e isto pode ser usado de forma vantajosa na formulação de rações, substituindo ingredientes de custo mais altos como premixes minerais e fosfato de sal”.

No entanto, como qualquer outro ingrediente, as algas não vêm sem os seus próprios problemas. Neste caso, o principal problema é a quantidade de fibras em su composição, que pode ser bastante elevada (mais uma vez, dependendo da espécie). “Todavia, aqui encontra-se a oportunidade para os fabricantes de enzimas em prever o futuro e preparar produtos adequados para quebrar as novas fibras encontradas em algas”, indica o especialista. “Acredito que as algas, em breve, farão parte da maioria das dietas de animais em todo o mundo. Mas isso ainda é um ponto a ser bastante discutido”.

O artigo em inglês pode ser acessado neste link.

11/06/2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Dilma cria Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural




Na quinta-feira (06), a presidenta Dilma Rousseff assinou Projeto de Lei para a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que será encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos dias. “O que queremos com a agência é que mais produtores brasileiros sejam capazes de produzir mais, em uma área menor”, resumiu a presidenta durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra, no Palácio do Planalto. 10/06 

A presidenta assinalou que a Anater é um órgão de difusão de tecnologia, para se produzir mais e melhor. Para isso, a agência vai levar assistência técnica ao produtor rural em todas as etapas da produção e terá atuação integrada com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a transferência de tecnologia. 

O foco das ações será aumentar o número de pequenos e médios agricultores com assistência técnica e extensão rural (Ater) e qualificar o serviço, além de promover a apropriação de tecnologias pelos produtores, com aumento de produtividade e renda, como explicou o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, durante cerimônia. “Esse modelo é um novo marco para a agricultura brasileira, para aumentar a produtividade, a renda, levar conhecimento e tecnologia para os produtores brasileiros”, afirmou Pepe Vargas. “A nova agência terá ação profundamente integrada com a Embrapa, com interação entre a pesquisa e ater”, acrescentou. 

Segundo o ministro, a previsão de orçamento para a Anater, em 2014, é de R$ 1,3 bilhão. A Anater terá em torno de 130 funcionários e foco de orçamento voltado para os serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) e formação de multiplicadores de técnicos. De acordo com o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, a Agência terá capacidade de formar até 4430 técnicos de agosto a dezembro de 2013. 

No dia a dia, a nova agência terá as atribuições de credenciar entidades públicas e privadas de Ater, qualificar os profissionais técnicos e extensionistas rurais, contratar e disponibilizar serviços, fazer a transferência de tecnologia e inovação. Também vai monitorar e avaliar os resultados dos serviços prestados e avaliar as entidades quanto à qualidade dos serviços. 

O papel da Embrapa será desenvolver e disponibilizar informações e tecnologias, desenvolver e validar métodos de transferência tecnológica e capacitar multiplicadores de técnicos, que são os profissionais que vão atuar junto aos agricultores. 

Organização e estrutura 
A Anater será um serviço social autônomo de direito privado, sem fins lucrativos e interesse coletivo. A agência terá atuação por contrato de gestão com o poder público, estatuto próprio de contratos e convênio e contratação de prestadores serviços de Ater. 

A estrutura do novo órgão será formada por um Conselho Administrativo (com poder Executivo e entidades representativas da agricultura familiar), um Conselho Fiscal e um Conselho Assessor Nacional, com entidades públicas e privadas de representação de produtores ou atuação no meio rural. Além de um presidente, a organização terá ainda três diretorias, que serão ligadas à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), à administração e à transferência de tecnologia. O diretor de transferência de tecnologia da Anater será o mesmo diretor de tecnologia da Embrapa, acumulando dois cargos, sem receber dois salários. 

O papel da Embrapa será desenvolver e disponibilizar informações e tecnologias, desenvolver e validar métodos de transferência tecnológica e capacitar multiplicadores de técnicos, que são os profissionais que vão atuar junto aos agricultores. 

Parceria 
O secretário da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Valter Bianchinni, ressalta que a medida vai incorporar novas tecnologias ao trabalho já desenvolvido. “Essa agência vai coordenar o sistema brasileiro de Ater pública, governamental ou não governamental. Ela vai realizar um amplo trabalho de formação e especialização de extensionistas, a fim de que o conjunto de tecnologias e métodos desenvolvidos pela pesquisa possa chegar ao universo dos agricultores”. 

A Agência vai levar aos agricultores familiares um serviço de Ater com mais qualidade, respeitando as diversidades sociais, econômicas, étnicas, culturais e ambientais do País. “A institucionalidade por meio da Agência representa um avanço. Ter uma estrutura que vai coordenar e formar esses técnicos é um passo a frente nos esforços que têm sido feitos até agora pelo governo federal para os serviços de Ater, no que diz respeito à formação e a ampliação dos recursos, já que a agência é interministerial”, afirma Bianchinni.


10/06/2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aumento de CO2 no ar está fazendo regiões desérticas ficarem mais verdes


Novas pesquisas indicam um gradual aumento da cobertura vegetal em regiões áridas devido a fertilização por dióxido de carbono, na foto acima, Outback Australiano. Foto: Bruce Doran

Cientistas chamam isso de “efeito de fertilização do dióxido de carbono.” Isso tem causado um aumento da biomassa gradual em regiões áridas da Terra 1982-2010.
Os cientistas já suspeitavam de um florescimento de folhagem verde ao redor do globo, observada desde o início de 1980 em dados de satélite, causadas, pelo menos em parte, pelo aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera da Terra. Agora, um estudo das regiões áridas em todo o mundo demonstra que a fertilização de dióxido de carbono tem, de fato, causado um “greening” (aumento da folhagem, da biomassa) gradual de 1982-2010.
Centrando-se no extremo sudoeste da América do Norte, interior da Austrália, no Oriente Médio, e em algumas partes da África, Randall Donohue da Comunidade Científica e Organização de Pesquisa Industrial (CSIRO), em Canberra, Austrália e seus colegas desenvolveram e aplicaram um modelo matemático para prever a extensão do dióxido de carbono (CO2), e seu efeito de fertilização. Eles então testaram essa previsão estudando imagens de satélite e trazendo à tona a influência do dióxido de carbono em “greening” e conjunto a outros fatores, como precipitação, temperatura do ar, quantidade de luz, e mudanças de uso da terra.
O modelo da equipe previu que folhagem aumentaria em cerca de 5 a 10 por cento, dado o aumento de 14 por cento na concentração de CO2 atmosférico durante o período de estudo. Os dados de satélite concordou, mostrando um aumento de 11 por cento na folhagem depois de ajustar os dados de precipitação, produzindo “um forte apoio à nossa hipótese”, relata a equipe.
“Muitos estudos têm demonstrado um aumento médio de vegetação em todo o mundo, e há muita especulação sobre o que está causando isso”, disse Donohue da Terra do CSIRO e divisão de pesquisa de água, que é o autor principal do novo estudo. “Até este ponto, se ligou o “greening” a variáveis climáticas bastante óbvias, como um aumento da temperatura aonde é normalmente frio ou um aumento na precipitação, aonde é normalmente seco. Muitos desses estudos especulam sobre o efeito do CO2, mas tem sido muito difícil de provar “.
Ele e seus colegas apresentam suas descobertas em um artigo que foi aceito para publicação na Geophysical Research Letters, um jornal da União Geofísica Americana.
A equipe procurou sinais de fertilização CO2 em áreas áridas, Donohue disse, porque “os satélites são muito bons em detectar mudanças na cobertura foliar total, e é em ambientes quentes e secos que o efeito do CO2 é esperado influenciando mais na cobertura de folhas.” cobertura de folhas é a pista, acrescentou, porque “uma folha pode extrair mais de carbono do ar durante a fotossíntese, ou perder menos água para o ar durante a fotossíntese, ou ambos, devido ao CO2 elevado.” Esse é o efeito de fertilização de CO2.
Mas a cobertura de folhas em lugares quentes e úmidos, como as florestas tropicais já é quase tão extensa quanto ele pode chegar e é improvável que aumentam com altas concentrações de CO2. Em lugares quentes e secos, por outro lado, a cobertura de folhas é menos completa, assim que as plantas não fazem mais folhas, mesmo se eles têm água suficiente para fazê-las. “Se elevado o CO2 faz com que o uso da água de folhas individuais se alarge, as plantas respondem aumentando seu número total de folhas, e isso deve ser mensurável de satélite”, explicou Donohue.
Para trazer à tona o real efeito de fertilização de CO2 a partir de sua relação com outros fatores ambientais nestas regiões, os pesquisadores primeiro mediram a cobertura verde em cada local em períodos de 3 anos para dar conta de mudanças na umidade do solo e, em seguida, agruparam os dados de cobertura verde dos diferentes locais de acordo com suas quantidades de precipitação.
A equipe então identificada a quantidade máxima de folhagem que cada grupo podia atingir para uma dada precipitação e identificaram as variações na quantidade máxima de folhagem ao longo de 20 anos. Isto permitiu aos cientistas remover a influência da precipitação e outras variações climáticas e reconhecer o “greener” em uma tendência a longo prazo.
Para além de regiões secas tendo aumentado de vegetação, o efeito de fertilização do dióxido de carbono pode alterar os tipos de vegetação que dominam nessas regiões. “As árvores invadem as terras aonde predomina a grama, e isso poderia possivelmente estar relacionado com o efeito de CO2″, disse Donohue. “Plantas lenhosas de longa vida são profundamente enraizadas e são susceptíveis a se beneficiar mais do que gramíneas com um aumento de CO2.”
“O efeito do aumento dos níveis de dióxido de carbono nas plantas é um processo importante que precisa de mais atenção”, disse Donohue. “Mesmo que nada mais nas mudanças climáticas como os níveis globais de CO2 subir, ainda vamos ver mudanças ambientais significativas devido ao efeito de fertilização de CO2.”
02/06/2013
Tradução Livre – Blog Fakeclimate

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Biotecnologia e meio ambiente, uma associação a favor da sustentabilidade





A biotecnologia está, muitas vezes, relacionada à modificação genética de alimentos. Poucos sabem, no entanto, que essa é apenas uma das aplicações dessa ciência. Ontem, 5 de junho, comemorou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data, criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, tem como principal objetivo fomentar a adoção de práticas sustentáveis para a preservação do meio ambiente. Você sabia que a biotecnologia já está contribuindo para essa meta e que pode fazer muito mais?

De acordo com levantamento feito pelo Water Resources Group, a agricultura é responsável por aproximadamente 71% do consumo de água em todo o planeta (o equivalente a 3,1 bilhões de m³). A adoção da biotecnologia no setor primário já está promovendo um uso mais eficiente desse recurso natural. O cultivo de plantas geneticamente modificadas (GM) tolerantes a defensivos químicos racionaliza a água usada para as pulverizações. Levantamento da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) e da Céleres Ambiental revela que, entre os anos de 2010 e 2020, o uso dessas variedades na agricultura brasileira poderá economizar aproximadamente 134 bilhões de litros de água ? quantidade suficiente para abastecer Recife e Porto Alegre por um ano.

(Outra consequência positiva indireta da adoção de transgênicos na agricultura é a redução da emissão de CO2 na atmosfera. Isso acontece porque, como as lavouras GM tem manejo facilitado, há menos necessidade do uso das máquinas agrícolas, reduzindo, assim, o uso de combustível responsável pela liberação do CO2.) Adicionalmente, há o benefício associado da preservação do solo que é menos compactado por esse maquinário. As vantagens agronômicas que as sementes transgênicas oferecem resultam em menos perdas em razão de plantas invasoras ou ataques de insetos, e isso significa aumento de produtividade por área plantada. Em última análise, a biotecnologia reduz a pressão por novas áreas agricultáveis, preservando, dessa maneira, também as florestas e vegetações nativas que sequestram carbono e mitigam os efeitos do aquecimento global.

Futuro

Além da contribuição que a biotecnologia já está dando para a preservação do meio ambiente, a técnica da modificação genética tem o potencial de fazer ainda mais. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem como objetivo identificar os genes que fazem com que algumas plantas absorvam metais pesados em grande quantidade. Uma vez desvendado esse mecanismo genético, a biotecnologia poderia contribuir, por exemplo, superexpressando esse(s) gene(s). O resultado seria o desenvolvimento de variedades transgênicas não comestíveis com alta capacidade de absorção, utilizadas para recuperação de solos e águas contaminadas com metais pesados.

Outras plantas em fase de estudo são variedades geneticamente modificadas para serem resistentes à seca. Empresas públicas e privadas do Brasil e do mundo estão desenvolvendo, por exemplo, canas-de-açúcar, sojas e trigos que tolerariam melhor a escassez de água do que suas versões convencionais. Isso representaria não só a economia desse recurso natural como permitiria a agricultura em solos que hoje sofrem com a falta de chuvas ou reduzido acesso a outras fontes de recursos hídricos. Mais uma vez, as florestas seriam preservadas.

Dessa maneira, não resta dúvida de que a associação entre biotecnologia e meio ambiente já contribui para a sustentabilidade e pode fazer muito mais pela preservação de recursos naturais.

06/06/2013
Fonte: Redação CIB

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Adubo organomineral aumenta produção de lavouras em até 25% no Triângulo Mineiro


O uso de adubos organomineirais em lavouras e pastagens do Triângulo Mineiro fez com que fosse percebido o aumento de até 25% na produção de milho, sorgo e soja, das safras colhidas no início deste ano. Para agrônomos especialistas em solo, o aumento pode ser ainda maior com a aplicação de técnicas adequadas de manuseio de solo.
Segundo o produtor rural de milho e sorgo, Moacir Moreira de Souza, de Uberlândia, o custo-benefício decorrente do uso de fertilizante organomineral, em sua fazenda, se mostrou vantajoso em relação aos adubos minerais, ainda usados por ele, porém em menor escala, algo em torno de 10%. De acordo com Souza, a produção de milho saltou de 35 para 42 toneladas por hectare, de uma safra para outra, ou seja, mais de 16%, sendo que antes eram utilizados 400 kg de fertilizante por hectare, e, agora, 250 kg. “A planta ficou mais resistente, percebi grandes mudanças”, disse.
Na fazenda do produtor de soja Osvaldo Fernandes Alane, localizada em Tupaciguara, a 70 km de Uberlândia, uma área da lavoura serviu de teste, onde houve beneficiamento por meio de adubo organomineral. Segundo ele, a produção aumentou de 40 sacas por hectare para 50, registrando assim, aumento de 25%. “O custo-benefício vale a pena, pois o investimento é quase o mesmo”, afirmou.
Segundo o professor doutor em Manejo de Solos, Elias Nascentes Borges, o uso do adubo com matéria orgânica somado a algumas práticas de manejo, como rotação de cultura e plantio direto, pode até dobrar o volume produzido nas lavouras. “Se puder agregar a sólidos ácidos (adubo mineral) e matéria orgânica de boa qualidade, vai promover aumento de carga elétrica, isso melhora e traz benefícios”, afirmou.
Para o professor doutor em Solos e Nutrição de Plantas, Hamilton Seron Pereira, a eficiência dos fertilizantes é maior, porque o adubo organomineral cria um processo de proteção que diminui perdas de nutrientes, como ocorre na lixiviação -processo de infiltração da água no solo que lava e retira o fertilizante.
Saldo Positivo
Produção de adubo organomineral em Uberlândia deve quadruplicar
A produção de fertilizante constituído de minerais (nitrogênio, potássio e fósforo) e matéria orgânica em Uberlândia deve quadriplicar no ano que vem. A informação é da empresa de adubo organomineral Geociclo instalada na cidade em 2012, a única da região.
De acordo com o diretor presidente da empresa, Ernani Judice, a escolha de Uberlândia para instalação da primeira unidade da indústria de adubo organomineal se baseou no potencial em agronegócios da cidade. “Como usamos matéria prima de fábricas de matéria orgânica, é preciso estar próximo delas para diminuir custos”, afirmou.
Para o diretor de operações da empresa, Kennedy Carvalho, atualmente, a fábrica do Triângulo Mineiro tem capacidade de produção anual de 25 mil toneladas, e, em 2014, deverá ser de 100 mil toneladas por ano. “A demanda por fertilizantes no país é crescente, tudo o que fizer de organominerias em escala e de boa qualidade vai fazer bem para economia”, disse.
O aumento da produção de adubo organomineral no Triângulo Mineiro ampliará também a área de exportação do produto. Atualmente, a empresa da região possui 13 contratos em negociação com usinas de São Paulo , Goiás , Mato Grosso e outras de Minas Gerais . Segundo Carvalho, 80% da produção dos últimos seis meses foi entregue para Minas Gerais e o restante para São Paulo e Goiás .
Correio de Uberlândia
03/06/2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Plano Safra libera mais recursos para a agricultura familiar




A agricultura familiar brasileira vai receber mais recursos para a produção de alimentos na próxima safra. Nesta quinta-feira (6), a presidenta Dilma Rousseff e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, anunciam o Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014. O lançamento será no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), às 11h, e vai trazer novidades às políticas públicas tão presentes no campo como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Garantia-Safra, as compras institucionais e os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). 
Esse conjunto de medidas para o setor passa a valer a partir de julho deste ano. As ações foram elaboradas com o objetivo de aumentar a renda, inovar e estimular a produção de alimentos. “Hoje o nosso País vive um momento muito importante. Precisamos aumentar a produção de alimentos, porque o Brasil está crescendo, e é a agricultura familiar que cumpre esse papel de desenvolver o meio rural e, principalmente, produzir alimentos. Neste Plano Safra queremos aumentar a capacidade de investimentos do setor, levar mais tecnologia e aperfeiçoar os nossos sistemas de produção de renda”, explica o secretário-executivo do MDA, Laudemir Müller. 
O lançamento para a safra 2013/2014 marca os dez anos das ações governamentais voltadas para o setor. Nesta década, a renda da agricultura familiar cresceu 52%, o que permitiu que mais de 3,7 milhões de pessoas ascendessem para a classe média. A agricultura familiar é responsável por 4,3 milhões de unidades produtivas – o que representa 84% dos estabelecimentos rurais do País; 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e 74% da mão de obra empregada no campo. 
“Desde 2003 o governo federal vem, anualmente, melhorando as medidas para a agricultura familiar. Nesse período, o setor aumentou a sua renda e melhorou a sua qualidade de vida. Então, isso mostra que esse aperfeiçoamento das políticas públicas tem apresentado uma capacidade de estimular a agricultura familiar a produzir cada vez mais alimentos, levando desenvolvimento ao meio rural”, observa Müller. 
Durante o lançamento, haverá uma solenidade em comemoração à meta atingida de 1 milhão de mulheres documentadas por meio do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR). Desde a criação do programa em 2004, já foram realizados quase cinco mil mutirões, abrangendo os 120 territórios de cidadania. A expectativa é que participem do evento ministros, deputados, senadores, além de representantes da agricultura familiar e assentados da reforma agrária. 
Apoio à produção
Ações como o Pronaf foram decisivas para o avanço da Cooperativa de Leite (Coodeleite), localizada no município de Mortuga (BA). Por meio do crédito para investimento e custeio, as 110 famílias cooperadas mantiveram a produção de leite e investiram na agroindustrialização. Hoje, os doces e a matéria-prima são comercializados nos programas de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA). 
“Essas políticas do governo representam uma grande conquista para todos nós. Antes, os homens precisavam sair das suas casas para ganhar dinheiro em São Paulo e as mulheres ficavam aqui, dependendo 100% do que o marido estava ganhando. Agora, elas podem trabalhar, ter uma renda extra e não precisar depender totalmente do marido. Os jovens também não precisam deixar o campo e ir morar em outras cidades, eles podem trabalhar na cooperativa, com as suas famílias”, explica o presidente da Coodeleite, Carlos Sousa. 
A Coodeleite surgiu em 2005 para agregar os produtores de leite da região. Hoje, a cooperativa é representada em três municípios baianos e possui sua própria agroindústria. O leite é comercializado pelo PAA. Já os doces têm lugar garantido na merenda escolar. A Coodeleite está se preparando para incrementar a produção com outros derivados como o iogurte e os queijos.
Portal MDA
05/06/2013

Ceplac lança biofungicida contra vassoura-de-bruxa

Doença é uma das principais causadoras da queda de produção de cacau na Bahia 



Durante o Dia Internacional do Cacau, 16 de junho, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) apresentará oficialmente o biofungicida Tricovab, uma das principais armas no combate à vassoura-de-bruxa. A doença causada por um fungo é uma das principais causas da queda de produção de cacau na Bahia.



O Tricovab é um agente natural, desenvolvido em laboratório a partir da fermentação do fungo Trichoderma stromaticum, antagônico ao Moniliophtora perniciosa, que provoca a vassoura. “O fungo é colonizado em grãos de arroz. Quando em contato com a água que será utilizada para a aplicação, o fungo é ‘ativado’ e, nas plantas, se transforma no inimigo natural do Moniliophtora perniciosa, que causa a vassoura-de-bruxa”, explicou o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Adonias de Castro.


Serão distribuídos 10.240 quilos do biofungicida para os produtores indicados pelos técnicos da Ceplac, desde que adotem o pacote tecnológico recomendado pela Comissão Executiva. Serão contempladas 640 propriedades (dois hectares por fazenda) em 30 municípios.


“A Ceplac dá à sociedade uma resposta efetiva na questão da sanidade vegetal. Porém, muito mais que isso, com um produto ambientalmente correto, proporciona um ganho efetivo na relação meio ambiente/lavoura e, ainda, abre a possibilidade de aumento da renda do produtor, com a possível maior produtividade. Isso tudo vai gerar mais emprego no campo. Com esses fatores assegurados, estaremos garantindo a sustentabilidade do agronegócio cacau, em outra frente, para além das fronteiras do cacau-cabruca”, avalia o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart.


Com informações da Ceplac

05/06/2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

Campus Cerro Largo desenvolve tecnologia para produção de morangos orgânicos



Foi iniciado, na UFFS – Campus Cerro Largo, o plantio dos cultivares de morangos orgânicos para o projeto “Vitrines Tecnológicas”, que tem o objetivo de desenvolver tecnologias para a produção da muda que melhor se adapta à produção de base ecológica. “A ideia é identificar os cultivares mais resistentes e produtivos na condição de não utilizar nenhum tipo de agrotóxico”, explica o coordenador do projeto, Evandro Schneider. A tecnologia desenvolvida poderá ser utilizada pelos agricultores que saberão quais cultivares adaptam-se melhor ao clima, ao solo e às condições de produção na região. “Assim, eles vão poder reduzir os gastos da produção convencional”, diz.

Segundo o professor, o projeto é resultado de um convênio assinado entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Clima Temperado (Embrapa) e a UFFS, durante a 19a Feira Nacional da Soja (Fenasoja) em Santa Rosa. “A partir dessa assinatura foram estabelecidos planos de trabalho e pesquisa. Aqui será montado uma unidade experimental que será utilizada para fazer dias de campo e capacitação dos técnicos dos municípios dessa região”, argumenta.
O canteiro, que está sendo preparado em frente ao Campus principal da UFFS, em Cerro Largo, tem 210 metros quadrados e nele serão plantadas 2500 mudas – importadas do Chile - de cinco cultivares de morango. Após 45 dias será iniciada a avaliação do crescimento, desenvolvimento e, posteriormente, a frutificação, produtividade e variedade dos frutos. “A colheita deve estender-se até dezembro deste ano”, acrescenta Schneider.
A parceria será ampliada também à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/Ascar), à Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), prefeituras municipais de 16 municípios da região das Missões e Noroeste, e às Organizações Não Governamentais (ONG´s). “Nesse sentido, cada entidade envolvida cumpre com um papel para a viabilidade do projeto”, conclui
.
04/06/2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Monsanto anuncia que tecnologia para soja INTACTA RR2 PRO™ confere supressão à lagarta Helicoverpa

Testes realizados por pesquisadores da Monsanto em todo o Brasil apontam a eficiência da nova tecnologia na supressão de praga que causa danos diretos na produtividade da soja



Após recentes ensaios realizados em laboratórios, casas de vegetação e campos  demonstrativos na safra 2012/13 em várias regiões do Brasil, a Monsanto informa que a tecnologia INTACTA RR2 PRO™, desenvolvida ao longo dos últimos 11 anos especialmente para o mercado brasileiro, também confere supressão às lagartas do gênero Helicoverpa (Helicoverpa zea e Helicoverpa armigera). De acordo com pesquisadores da Monsanto, nos mil campos dos agricultores que experimentaram a tecnologia a convite da empresa na safra 2012/13 em 350 municípios de 14 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Bahia, Rondônia, Piauí e o Distrito Federal), não foram verificados danos causados pelas lagartas do gênero Helicoverpa.
A tecnologia INTACTA RR2 PRO™ já oferecia controle contra as quatro principais lagartas que atacam a cultura da soja – lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta falsa medideira (Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu), broca das axilas, também conhecida como broca dos ponteiros (Crocidosema aporema) e lagarta das maçãs (Heliothis virescens) – e supressão à lagarta do tipo elasmo (Elasmopalpus lignosellus). A lagarta Helicoverpa foi uma das pragas mais graves da última safra brasileira, trazendo prejuízos a agricultores em todo o país, principalmente nos estados do Mato Grosso e Bahia. "Além de causar desfolha nas plantas de soja, a lagarta Helicoverpa causa danos diretos na produtividade ao se alimentar de flores e vagens. Os resultados científicos de supressão à Helicoverpa apresentados pela tecnologia INTACTA RR2 PRO™ para a cultura da soja trazem perspectivas bastante otimistas para os agricultores brasileiros, auxiliando no combate dessa praga e contribuindo efetivamente para o manejo integrado de pragas na cultura da soja", afirma Geraldo Berger, diretor de Regulamentação da Monsanto.
Segundo dados da consultoria Kleffmann, o número médio de aplicações foliares com inseticidas para o controle de lagartas na cultura da soja no Brasil aumentou de 3,6 aplicações por hectare na safra 2010/11 para 4,6 aplicações por hectare na safra 2012/13, levando a um aumento no gasto por hectare de inseticida de 107% em dois anos. "Um dos principais desafios da agricultura sustentável é racionalizar a utilização de insumos, consumo de água e de combustível para operação de máquinas, com a diminuição da emissão de CO2. Os resultados de supressão àHelicoverpa reforçam que a INTACTA RR2 PRO™ é um exemplo de tecnologia que chega ao campo para contribuir com essas necessidades", diz Márcio Santos, diretor de Estratégia e Gerenciamento de Produto da Monsanto.
Recomendações de manejo
Apesar de a tecnologia INTACTA RR2 PRO™ conferir supressão contra as lagartas do gêneroHelicoverpa, o agricultor deverá continuar realizando o manejo integrado de pragas. "A preservação e a sustentabilidade da nova soja INTACTA RR2 PRO™ dependem do cumprimento das recomendações de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) pelos produtores, que incluem a adoção das áreas de refúgio estruturado, garantindo a eficácia e a longevidade à tecnologia", afirma Renato Carvalho, gerente de Regulamentação da Monsanto.
Entre as ações de manejo recomendadas pela Monsanto, destacam-se:
• Áreas de refúgio para tecnologia INTACTA RR2 PRO™ devem ser de soja não Bt cultivadas na proporção de, pelo menos, 20% da área total plantada com soja;
• É recomendado que a variedade plantada na área de refúgio possua ciclo vegetativo similar ao da soja INTACTA RR2 PRO™;
• A distância máxima entre a área de refúgio e lavoura de soja com a tecnologia INTACTA RR2 PRO™ deve ser de 800 metros;
• As áreas de refúgio devem ser conduzidas normalmente, com pulverizações de inseticidas ou adoção de outros métodos de controle. Não é recomendada a aplicação de inseticida à base de Bt nas áreas de refúgio;
• A área de refúgio deve estar localizada na mesma propriedade rural em que a tecnologia INTACTA RR2 PRO™ está sendo plantada;
• Manejo Integrado de Pragas: o produtor deve continuar a realizar o monitoramento constante das pragas e considerar o nível de dano econômico para a tomada de decisão para intervenção durante todo o ciclo da cultura. O controle químico ou biológico (desde que não à base de Bt) deve ser realizado respeitando doses e recomendações descritas na bula do produto;
• Implantação da cultura “no limpo”: a dessecação antecipada para o controle de plantas daninhas e o manejo de pragas residentes na palhada devem ser realizados antes da implantação da cultura;
• O tratamento de sementes com fungicida+inseticida é uma prática recomendada para a tecnologia Intacta RR2 PRO™ para evitar a incidência de pragas não-alvo da tecnologia e de patógenos oportunistas.
A tecnologia INTACTA RR2 PRO™ já está aprovada no Brasil (desde 2010), nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Colômbia, México, Filipinas, Tailândia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e União Europeia. A Monsanto e seus parceiros seguem trabalhando para oferecer a tecnologia aos agricultores brasileiros já nesta próxima safra.

03/06/2013

Agricultura irrigada tem tudo para crescer no Brasil, mas carece de incentivos



 "Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem". - (Portal Ambiente Legal)





Foi o que Pero Vaz de Caminha relatou na sua Carta de Achamento do Brasil, há 513 anos. Hoje, cinco séculos depois, já se sabe que 12% da água potável do mundo está por aqui e 30 milhões de hectares - o equivalente a sete voltas em torno da Terra - podem ser irrigados, mas que somente 5,5 milhões são beneficiados.

De acordo com informações da Agência Nacional de Águas (ANA), as culturas com mais áreas irrigadas são cana-de-açúcar (1,7 milhão de hectares); arroz em casca (1,1 milhão de hectares); soja (624 mil hectares); milho em grão (559 mil hectares) e o feijão de cor (195 mil hectares).

É de se perguntar: estamos, de fato, "querendo aproveitar" todo esse potencial? O Secretário Nacional de Irrigação, Guilherme Orair, tem a resposta na ponta da língua. "A própria criação da secretaria em 2011, bastante recente, demonstra que o Governo Federal está preocupado com essa questão".

Foi por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (SENIR), que o Ministério da Integração Nacional lançou, em novembro de 2012, o Programa Mais Irrigação que prevê investimentos de R$ 10 bilhões, em recursos federais e parcerias com a iniciativa privada, para estimular projetos de irrigação por todo o país.

Outro importante passo foi dado em janeiro deste ano com a nova Política Nacional de Irrigação. "A importância desse plano foi dar um foco e estabelecer uma estratégia para o desenvolvimento da agricultura irrigada, com aumento da produtividade e um menor impacto ao meio ambiente", aponta Orair.

É também previsto para junho a criação de um plano diretor nacional para irrigação. "O plano diretor vem dos trabalhos conjuntos com estados, oferecemos a metodologia para os estados e aí saem os programas. O desafio é que os produtores se articulem para que possamos ouvir o setor, saber quais são as demandas", explica o secretário.

Dados do Ministério da Integração Nacional apontam o Rio Grande do Sul como o estado que mais concentra lavouras irrigadas, com 984 mil hectares. Em seguida, estão São Paulo (770 mil hectares), Minas Gerais (525 mil hectares), Bahia (299 mil hectares) e Goiás (270 mil hectares).

"A Secretaria está elaborando esses planos diretores e, com o Ministério [da Integração Nacional] atuamos em algumas regiões para criar pólos. Estamos aproveitando águas que já existem para desenvolver uma atividade econômica. Isso é importante", ressalta Orair.

Pedras no caminho

Tão grandes quanto os investimentos feitos, são os desafios para desenvolver a agricultura irrigada no país. "Num número muto grosseiro eu diria que temos 60 milhões de áreas próprias pra irrigação e apenas 10% de área utilizada. A Índia com área que é um terço da nossa e uma população três vezes maior é mais eficiente", afirma Durval Dourado Neto, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ).

Durval sustenta que o Brasil possui conhecimento de seu potencial hídrico para irrigação. "Quanto a saber o potencial pra irrigar, isso nós temos. Em algumas regiões, se tem limitação para conhecer vazão de rio, mas, ainda assim, há procedimentos práticos que podem ser utilizados".

Seu colega, o também professor Warwick Manfrinato, acrescenta que "as melhores tecnologias agrícolas são existentes no Brasil", mas: "tenho a impressão de que o Brasil é deficitário, no sentido de que a tecnologia é mal financiada", opina.

Ainda de acordo com Manfrinato o problema não estaria na pesquisa, mas na extensão, ou seja, em repassar ao agricultor o que se produz nos centros de pesquisa. "Embora tenhamos Embrapa, todas as frentes de desenvolvimento de informação, existe uma deficiência na transferência de tecnologia para o usuário".

Já Durval acrescenta mais outro entrave para a expansão da agricultura, e este é elementar: não há água para todos. "Aqui em São Paulo tem que se pensar muito. A grande diferença é que existe uma densidade demográfica maior. Você tem alguns pontos, algumas regiões, onde há problemas de conflito pelo consumo entre cidade, indústria e agricultura".

Muita discussão, pouca ação

"A política de irrigação não olha só por si e temos que conviver em consonância. É um constante processo de articulação, de quando o espaço de cada ação", afirma o secretário Guilherme Orair.

De fato, não há como dissociar a atividade agrícola da preservação da água. Assim como não se pode negar que a agricultura é a atividade que mais consome água. Isso faz que, na classificação dos níveis de prioridade para distribuição de água, a agricultura fique atrás da indústria e do consumo residencial.

Para se ter uma dimensão do volume gasto, basta fazer as contas. "Numa área de 100 hectares e o produtor tem que colocar 400 milímetros, vai dar uns 4 milhões de litros, o que uma cidade de 20 mil habitantes consume, isso em um dia. Mas isso acontece porque a planta gasta muita água. Não se pode achar que isso é desperdício do agricultor", afirma Durval Dourado Neto.

Dourado ressalta que a agricultura irrigada pode fazer bem ao meio ambiente, pois ela diminui a necessidade de expansão da área plantada. "Uma área de plantio geralmente precisa ser ampliada em seis vezes para se aumentar a produtividade, o que não é necessário quando a lavoura é irrigada", explica.

Mas em tempos de sustentabilidade e proteção dos recursos naturais, a concessão de licenças para uso da água passa a ser muito mais criteriosa, o que resulta em uma enorme burocracia. "Dependendo da região, um agricultor que precisa da autorização para plantar tem de esperar entre dois a três anos. Isso desincentiva o produtor", afirma Durval.

Ainda de acordo com o especialista, há o problema da interpretação jurídica. "Imagine a situação de um produtor que irriga 10 hectares de uva, aí chega um outro produtor, rio acima, com apoio do governo, que consegue financiamento para irrigar 500 hectares de feijão, milho. O juiz então fica em dúvida sobre quem tem a licença para irrigar: se é o produtor de uva por estar lá há mais tempo ou o outro porque tem verba do governo."

Vale do São Francisco: razão para acreditar

Diante desse cenário podemos afirmar que há razões para se acreditar na expansão da agricultura irrigada no Brasil? Se olharmos para o Vale do São Francisco, situado em uma das regiões mais secas do país, a resposta é sim.

Petrolina, centro de efervescência do Vale, situada na divisa entre os estados de Pernambuco e Bahia, há 40 anos era apenas uma "última parada" antes de Juazeiro, importante cidade do estado vizinho. Hoje é o maior polo da fruticultura irrigada do país. São 300 mil hectares irrigados que produzem em média 100 mil toneladas ao ano.

Ali encontram-se todos os tipos de irrigação e de produtores. Desde os de vinho que exportam para a Itália; os de manga que exportam para os EUA e Europa e também os produtores pequenos que abastecem o mercado regional. Há até produtores de sementes, que por conta do clima seco do Vale, são mais resistentes à pragas e à climas hostis que as comuns.

"Lá existem projetos muito bons. Em Minas Gerais, onde nasce o rio lá há a principal unidade da Condevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba]. Na Bahia, em Barreiras, a área irrigada ampliou e então os produtores se organizaram em uma associação para disciplinar o uso da água", afirma Durval Dourado.

Tudo isso vem a provar que Pero Vaz de Caminha, estava certo: para se aproveitar toda a abundância de água no Brasil, mais que tecnologia e conhecimento, é preciso vontade.



03/06/2013
Fonte: AgroOlhar

Jovens descobrem que a radiação de roteadores impede o crescimento de plantas



Cinco estudantes da nona série da escola Hjallerup, na Dinamarca, fizeram um experimento que está abalando a comunidade científica e a população em geral. Elas teriam provado que plantas não crescem perto de roteadores wi-fi.

Tudo começou quando elas perceberam que, ao dormir com o celular próximo de suas cabeças, não conseguiam se concentrar normalmente nas aulas no dia seguinte. A ideia inicial era testar o efeito da radiação de celulares em nossos cérebros, mas as estudantes de ensino fundamental não tinham acesso à estrutura necessária para fazer um estudo dessa magnitude. Decidiram, então, testar o efeito da radiação em uma planta.

As estudantes prepararam bandejas cheias de Lepidium sativum, conhecido no Brasil como agrião de jardim, e colocaram seis dos recipientes em uma sala sem radiação e outros seis em outra sala, onde ficavam próximos a dois roteadores. De acordo com os cálculos das alunas, o equipamento emitia o mesmo tipo de radiação do que um celular comum.

O experimento durou 12 dias, no qual as plantas foram observadas, medidas e fotografadas. No fim do período, o óbvio: as plantas próximas aos roteadores não haviam crescido - boa parte delas estava morta. Enquanto isso, na sala sem radiação, o cultivo teve sucesso.

Mas (ainda) não é hora de jogar fora o seu roteador. Para que seu efeito sobre as plantas (e, possivelmente, sobre nós) seja comprovado, o experimento precisa ser replicado. Um professor de neurociência do Instituto Karolinska, na Suécia, irá tentar refazer o teste para comprovar (ou não) os resultados.

GALILEU 

Embrapa e Unicamp desenvolvem sementes resistentes à seca


Embrapa e Unicamp desenvolvem sementes resistentes à seca



Uma iniciativa brasileira pretende enfrentar a perda de produtividade com a estiagem prolongada através da biotecnologia. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) firmaram parceria para desenvolver, no prazo de cinco anos, sementes resistentes à  seca. 


“A seca é o maior fator de perdas agrícolas no Brasil e no mundo. A parceria vem em um momento muito importante, quando a população continua crescendo, mas há cada vez maior restrição de áreas de produção. Vamos desenvolver variedades que ao menos mitiguem o declínio da produção”, explica Paulo Arruda, coordenador da Umip GenClima (Unidade Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas), em entrevista ao Portal Terra.



Até agora, nada menos que dez pesquisadores da Embrapa já foram direcionados para trabalhar na Unidade. A iniciativa busca atualmente agências de fomento que financiem o programa. 

31/05/2013
Agrolink
Autor: Leonardo Gottems