segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Soja transgênica e resistente à ferrugem será apresentada no Show Safra


(13/01) Participantes do Show Safra 2012 que acontecerá hoje e amanhã em Lucas do Rio Verde (distante 350 km de Cuiabá/MT) poderão conhecer a soja que alia duas tecnologias úteis aos produtores rurais: a resistência à ferrugem asiática (principal doença da sojicultora) e ao herbicida que tem como princípio ativo o glifosato. 


A novidade tecnológica será apresentada pela equipe da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), empresa de capital nacional dedicada à criação e ao desenvolvimento de novas cultivares de soja. TMG 7188 RR e Inox (nome dado em alusão ao aço inoxidável) é o nome da soja que garantirá mais segurança ao produtor no controle da ferrugem asiática e às ervas daninhas. 



De acordo com Sergio Suzuki, diretor-superintendente da TMG para a região do Cerrado, a nova tecnologia contribui também para redução de custo de produção já que o produtor diminui no mínimo uma aplicação de fungicida. “Essa redução de aplicação impacta também no menor custo operacional”. 



A TMG 7188 RR apresenta alto potencial produtivo, é de ciclo tardio, tem bom desempenho em solos de média e alta fertilidade. “É um material para quem quer colher excelentes resultados de produtividade longe da ferrugem asiática e das ervas daninhas”, afirma o diretor. 



Agrônomos da TMG estarão no Show Safra para mostrar a cultivar no campo, tirar dúvidas dos produtores e apresentar os diferenciais das duas tecnologias presentes na TMG 7188 RR. 



O Show Safra é realizado pela Fundação Rio Verde e parceiros. Nesta 11º edição do evento terá vitrines tecnológicas, palestras, oficinas técnicas, apresentação de novas tecnologias para as culturas de soja, milho, algodão, feijão e arroz.

31/12/2012

O consumo de transgênicos é seguro?


(23/01) A comercialização dos transgênicos no Brasil ainda se resume a soja, milho e algodão, mas já há estudos com feijões - outros países também pesquisam grãos de arroz. Polêmicos para alguns e totalmente desconhecidos para outros, os alimentos geneticamente modificados são produzidos com o objetivo de reduzir perdas na lavoura e de incrementar o valor nutricional. Especialistas afirmam que, apesar da mudança na genética dos grãos, os produtos disponíveis no mercado brasileiro são totalmente seguros à saúde humana e que antes de chegar às prateleiras dos supermercados, tanto o milho quanto a soja e outros derivados dos transgênicos, passam por rigorosa avaliação técnica até a sua liberação. 


O médico, bioquímico e pesquisador do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Walter Colli, explica que o alimento geneticamente modificado produz proteínas que impedem o consumo das culturas pelas pragas, como as lagartas. Segundo ele, estudos em laboratórios comprovam que essa proteína não faz mal algum à saúde humana. 



''A proteína é ingerida e em cerca de dois minutos é degradada no nosso estômago, ou seja, ela faz mal apenas à lagarta. Essa mesma proteína já está sendo consumida por um grupo de pessoas nos Estados Unidos há 15 anos e ninguém teve problema até hoje'', diz. 



O especialista explica também que alguns transgênicos também são resistentes aos herbicidas, o que faz com que o uso de agrotóxico na lavoura seja diminuído. ''Quando o agricultor não usa nenhum transgênico precisa aplicar uma grande quantidade de agrotóxicos para matar as pragas. Já em relação à soja que tem o gen contra o herbicida, o produtor só precisa jogar veneno para matar o mato'', diz. 



Segurança 



Cientistas de importantes academias de ciência nacionais e internacionais defendem a adoção de plantas geneticamente modificadas na agricultura como um dos meios de reduzir a fome no planeta e melhorar a qualidade dos alimentos consumidos pela população. 



De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), 74% dos brasileiros nunca ouviram falar em transgênicos ou organismos geneticamente modificados. O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Aluízio Borém, explica que qualquer variedade transgênica passa por uma análise de biossegurança na CTNBio antes de ser comercializada. Além de serem avaliados possíveis riscos para a saúde, riscos ambientais também são criteriosamente avaliados. 



''Toda variedade transgênica passa por uma série de testes que procuram avaliar possíveis agentes alergênicos do alimento para o ser humano. Esses testes são feitos e repetidos por diferentes instituições de pesquisa'', conta. 



Segundo Borém, a proteína diferenciada produzida pelo alimento mudado geneticamente é observada e testada para que seja comprovado que não há risco algum de desenvolver alergia em algumas pessoas. Ele explica que em laboratórios os pesquisadores simulam a digestão que ocorre no trato intestinal e constatam quando elas se decompõem normalmente ou não. Quando a proteina é resistente à digestão, é sinal de alerta. 



''No Brasil, somente alimentos considerados comprovados estão sendo consumidos. A primeira variedade transgênica que chegou ao mercado teve origem nos Estados Unidos e se tratava de tomate. Desde então, milhares - e hoje já bilhões - de pessoas vêm consumindo alimentos transgênicos sem qualquer efeito prejudicial à saúde'', finaliza Borém. 



Fernanda Borges
31/12/2012


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Investimentos na agricultura familiar melhoram a qualidade de vida



No povoado Mangue Grande, em Boquim, região Sul de Sergipe, é difícil encontrar uma propriedade onde não se cultive laranja. Em cada terreno, as histórias se repetem e a atividade passa de pai para filho. Para esses agricultores, a laranja é mais que trabalho, é provedora. No povoado, a citricultura também comprova que investimentos na qualificação da agricultura familiar interferem diretamente na qualidade de vida dos trabalhadores rurais: quem produz melhor, tem uma renda maior e mais chances de conquistar mercado.

Esse salto qualitativo pode ser verificado através do Programa de Aquisição de Alimentos da Laranja (PAA da Laranja). Executado pelo Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o PAA integra o conjunto de medidas de enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil lançado pela presidenta Dilma Rousseff.
Além disso, a iniciativa busca consolidar a agricultura familiar como segmento de mercado - e não mais como atividade de subsistência - através da aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de cooperativas, sem intermediários. A compra da produção é feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e parte dos alimentos é adquirida para a formação de estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social.
Foi por meio do PAA que os agricultores vinculados à Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Sul de Sergipe (Cooptasul) conseguiram custear a industrialização do produto in natura e disputar mercado com as fábricas de suco de laranja. Inicialmente, a produção do suco buscava atender as determinações do Programa, que compra a fruta e distribui o suco para famílias em situação de risco alimentar.  Hoje, a Cooptasul analisa propostas de Pernambuco, Alagoas e Pará para comercializar o produto.
“A Cooperativa começou a industrializar a laranja para atender à Conab, que paga pela laranja, mas recebe o suco. Esse valor da industrialização é descontado do montante repassado para os agricultores pela Conab. A partir daí, eles começaram a se organizar para industrializar a produção que não é vendida para o PAA e agora estão conquistando outros mercados. Quem adere ao PAA pode participar da Feira de Agricultura Familiar, são programas que se somam”, explicou o técnico em agropecuária da Emdagro, Joetônio Ferreira.
“O valor pago através do PAA representa mais que o dobro do que o agricultor recebia no comércio normal. Com esse dinheiro, conseguimos industrializar o suco da laranja em embalagens descartáveis de um litro e comercializá-lo com mais qualidade. Nossa meta agora é começar a vender o néctar de laranja para outras prefeituras municipais”, afirmou o representante da Cooptasul, Gerson Costa.
O secretário de Estado de Agricultura, José Sobral, explicou que além de estimular a produção de laranja, o Programa aumenta a renda dos agricultores familiares, já que o preço negociado pela Conab (R$ 380 por tonelada da fruta) é muito acima do negociado pelas indústrias de suco. “A indústria de cítricos está pagando R$ 150 pela tonelada da laranja, enquanto a Conab paga R$ 380. A diferença representa um ganho significativo para o pequeno produtor, que pode investir na sua terra, qualificar a sua produção. Esse programa é de fundamental importância para a nossa região citrícola. Estamos ampliando a quantidade de agricultores inseridos no programa e o valor dos recursos. Tínhamos em torno de 600 produtores, estamos partindo para 1.500 agricultores. Tínhamos um volume de recursos entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões e teremos R$ 6 milhões de uma única vez. Valor disponível para ser utilizado ainda este ano”, disse.

Para ler a reportagem completa, acesse o link: http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?id=155306

Ana Dulce, repórter da ASN
26/12/2012

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Coreia do Sul e Finlândia são exemplos de como se investir na educação


Mesmo com sistemas distintos, ensino de ambos os países pode servir de modelo para a educação brasileira





Coreia do Sul e Finlândia são exemplos de como se investir na educação Amanda Soila/Ministério de Relações Exteriores da Finlândia
Na Finlândia, vagas para professor são disputadíssimasFoto: Amanda Soila / Ministério de Relações Exteriores da Finlândia

Dois países com dimensões, culturas e sistemas escolares bastante diferentes vêm conseguindo resultados parecidos, nas últimas décadas, na missão de educar crianças e adolescentes com excelência. A Coreia do Sul e a Finlândia costumam ocupar posições de destaque nos rankings do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), exame que mede o quanto alunos de mais de seis dezenas de países – incluindo o Brasil – aprendem em leitura, matemática e ciências.
O destaque na comparação internacional, na qual os brasileiros não conseguem ficar entre os 50 melhores, é conquistado apesar de contrastes entre os modelos. Ambos, porém, oferecem lições capazes de catapultar o desempenho do Brasil.
Enquanto os coreanos aplicam um sistema baseado na tradicional disciplina, com muitas horas diárias de estudo e investimentos pesados do governo, os finlandeses são bem menos formais e aplicam comparativamente menos dinheiro no sistema educacional. O pilar que sustenta os dois modelos, porém, é o mesmo: seleção e formação de professores de ponta, com reconhecimento profissional e boas condições de trabalho.
Na Coreia, a prioridade é a educação básica. Todas as escolas têm dois turnos, e os melhores professores estão lá, não no Ensino Superior – comenta o doutor em Educação e diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) no Estado, José Paulo da Rosa, que visitou o país oriental em 2009. Na Finlândia, a disputa pelo posto de professor da rede pública é tão grande que apenas 10% dos candidatos conseguem vaga nos cursos de formação.
Marcelo GonzattoZero Hora08/09/2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uma era de oportunidades e desafios para os agricultores

Para os agricultores, este é o melhor e o pior dos tempos


Eles estão diante de uma enorme oportunidade: a população mundial cresce de forma mais acelerada que todos os segmentos setoriais isolados, e cada um de seus componentes precisará comer e beber. E, segundo estimativas, mais de 2 bilhões de pessoas dependem da agricultura para garantir seu sustento.

Mas os desafios são igualmente grandes. Muitos dos 500 milhões de pequenos proprietários rurais, que respondem pela produção de até 80% dos alimentos do mundo, mal conseguem tirar seu sustento com a atividade. Com o crédito muitas vezes negado, eles não conseguem expandir ou investir em técnicas agrícolas modernas.

Na Europa, a mudança da regulamentação deverá eliminar subsídios e aumentar custos. Os agricultores americanos acabam de sair da pior seca de décadas. Em decorrência disso, muitos deles estão sacrificando cabeças de gado por não ter mais condições financeiras de alimentá-las. Seus congêneres europeus estão fazendo o mesmo.

Em todo lugar, talvez até sem causar surpresa, as pessoas estão deixando as fazendas em massa. Os jovens estão indo para as cidades e as pessoas que ficam se aproximam da aposentadoria. No Japão a média dos agricultores tem mais de 65 anos, no Reino Unido passa dos 60 e nos EUA, 55 anos.

As partes interessadas - em tese todos nós que comemos, mas na prática governos, sociedade civil e fabricantes que processam a produção - combatem os desafios com a associação de agricultores até o aprimoramento dos insumos e métodos agrícolas básicos.

Como observa o governo britânico, as cooperativas voltaram à moda, duas ou três décadas após aquelas que eram subvencionadas pelo governo terem sido desfeitas.

Esse processo levou ao surgimento de um grande número de organizações de produtores, que se multiplicaram nos últimos 30 anos, a ponto de que um número estimado em 250 milhões de pequenos produtores rurais dos países em desenvolvimento pertencer a algum tipo de agremiação.

Essas associações possibilitam que os pequenos agricultores consigam insumos a preços melhores, reduzam custos das transações, pulverizem os riscos e obtenham crédito bancário com mais facilidade, além de dar maior poder de barganha com os compradores.

Jim Paice, ex-ministro da Agricultura do Reino Unido, disse que o clamor britânico contra os preços do leite - que recentemente atraiu milhares de produtores para Westminster e fez com que os compradores recuassem em relação aos pretendidos cortes de pagamentos a pecuaristas - foi um exemplo do poder da voz coletiva.

"Os produtores demonstraram que têm capacidade de se unir na adversidade", disse ele a um grupo de 300 pecuaristas em Cumbria.

Para Chris Brett, diretor de sustentabilidade da trading asiática Olam, a resposta é "os produtores rurais se conectarem cada vez mais" e, a exemplo do que ocorre numa empresa, prestarem mais serviços e orientação de prática agrícola, muitas vezes por celular.

A outra arma vista como essencial para os agricultores, sobretudo para os pequenos, é a ciência. Sementes de qualidade superior, resistentes a pragas, a doenças e até a condições climáticas adversas, tanto aumentam a produtividade quanto melhoram a agricultura como atividade econômica.

"Com o passar do tempo, o desafio será verificar se conseguiremos juntar um monte maior de grãos numa propriedade agrícola menor", diz Michael Mack, principal executivo do grupo suíço Syngenta. "Pode-se colher dez vezes mais tomate em um décimo da terra na Índia, mas precisa-se de estufas, e isso exige mais investimento".

A empresa, como outras concorrentes do setor privado e do setor público, já deu passos largos no caso do arroz, sujeito ao ataque de todos os tipos de fungos, insetos e ervas daninhas poderosos. A produção do cereal exige um trabalho intensivo: a cada sete ou 14 dias o agricultor tem de ir a campo, descalço e transportando um pulverizador nas costas. Atualmente melhores produtos químicos, pulverizados por um aparelho semelhante a uma máquina de cortar grama, diminui o trabalho, o desperdício e aumenta a produtividade.

Os métodos naturais de aumento de produtividade não são menos polêmicos. A fazenda modelo do grupo FAI em Oxfordshire, Reino Unido, que produz carne e ovos para o McDonalds, além de testar novos métodos de produção agrícola, abrigou várias ideias desse tipo. As galinhas ficam aparentemente mais satisfeitas se puderem ciscar sob a sombra de árvores. A mesma sombra atrai as libélulas, que são devoradas pelas galinhas. Em sua bucólica felicidade, as aves se esquecem de brigar entre si e botam mais ovos.

No mesmo sentido, o gado é alimentado com uma mistura de forragem de grama. Esse alimento é mais barato que o milho e a soja, inflacionados pela seca, e, pelo fato de as vacas terem de caminhar para cima e para baixo para obter grama, a prática é vista como mais saudável, sob todos os aspectos.

No entanto, há argumentam contrários de que a qualidade do leite e da carne é afetada - o que põe em destaque o fato, indiscutível entre agricultores e economistas, de que consenso é coisa rara até no campo. 

Louise Lucas
Valor Online
Tradução de Rachel Warszawski
17/12/2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Portaria orienta plantio de prática sustentável


Zoneamento é um importante instrumento na contratação de crédito de custeio agrícola e seguro rural



O zoneamento agrícola de risco climático para a cultura de milho consorciado com braquiária, utilizado em práticas sustentáveis como no Sistema de Plantio Direto, para oito estados foi divulgado na quinta-feira, 13 de dezembro, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foram anunciados, ainda, os zoneamentos para amendoim, aveia, canola, cevada (de sequeiro e irrigada), feijão (3ª safra e caupi), milho e trigo (de sequeiro e irrigado).



A divulgação do zoneamento agrícola identifica os municípios aptos em 17 estados e os períodos de semeadura com menor risco climático para o cultivo das culturas nos estados brasileiros. O zoneamento é um importante instrumento na contratação de crédito de custeio agrícola e seguro rural. É por meio dele que são indicados os municípios e os períodos de plantio com menores riscos climáticos para o cultivo de cada cultura e variedade.



O consórcio de braquiária com o milho, em sistema plantio direto, vem sendo mais utilizado no cultivo do milho 2ª safra. Esse plantio é possível devido ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies.



Os efeitos desse tipo de cultivo sustentável – como a reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica – são benéficos para os plantios subsequentes, em especial para os de soja, contribuindo para o aumento de produtividade.



Há dois anos, o Mapa tem divulgado os zoneamentos de cultivos consorciados para apoiar os produtores que adotam – ou querem adotar – práticas sustentáveis em suas propriedades.



Acesse aqui (http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=13/12/2012&jornal=1&pagina=16&totalArquivos=336) e leia na íntegra as portarias publicadas no DOU sobre o zoneamento das culturas para cada estado.

14/12/2012
Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

UFFS abre inscrições para o processo seletivo 2013



PS_2013_1

A partir das 8h desta quarta-feira (12), os candidatos interessados em cursar o ensino superior na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) podem fazer a sua inscrição em um dos 37 cursos de graduação, nos cinco campida Universidade – Chapecó (SC), Realeza e Laranjeiras do Sul (PR) e Erechim e Cerro Largo (RS). Ao todo, serão oferecidas 2.025 vagas.
Para ingressar na UFFS, o estudante deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011 ou 2012 e ter concluído ou estar concluindo o ensino médio.
A inscrição para o Processo Seletivo da UFFS será realizada somente pela internet, através do site da instituição (ps.uffs.edu.br). O candidato deve acessar o site, preencher integralmente o Requerimento de Inscrição, confirmar a inscrição ao final do preenchimento, possuir e informar um endereço de e-mail de uso frequente para a comunicação e imprimir e guardar o Comprovante de Requerimento de Inscrição.
O período de inscrição será de 12 de dezembro de 2012 até às 23h59 do dia 04 de fevereiro de 2013.

CURSOS E VAGAS
No momento da inscrição o candidato irá escolher dois cursos de sua preferência. Um como primeira opção e outro como segunda opção, para o caso do candidato não obter vaga no curso de sua preferência.
Confira as vagas e os cursos disponíveis na UFFS:
Santa Catarina845 vagas
Campus Chapecó (Campus Sede)
Administração – Matutino (50) e Noturno (50 – 2º sem.); Agronomia – Integral (50 – 2º sem.); Ciência da Computação – Matutino (50) e Noturno (50 – 2º sem.); Enfermagem – Integral (40); Engenharia Ambiental – Integral (50); Filosofia – Matutino (30) e Noturno (50 – 2º sem.); Geografia – Matutino (30) e Noturno (50 – 2º sem.); História – Matutino (50) e Noturno (50 – 2º sem.); Pedagogia – Matutino (50) e Noturno (50 – 2º sem.); Letras: Português e Espanhol – Matutino (30) e Noturno (30 – 2º sem.); Ciências Sociais – Matutino (35) e Noturno (50 – 2º sem.).
Paraná: 480 vagas
Campus Realeza

Campus Laranjeiras do Sul
Ciências Biológicas – Noturno (40); Física – Noturno (30); Letras Português e Espanhol – Noturno (30); Medicina Veterinária – Integral (50); Nutrição – Integral (40); Química – Noturno (30).

Agronomia – Integral (50); Ciências Econômicas – Integral (50); Engenharia de Alimentos – Integral (50); Engenharia de Aquicultura – Integral (50); Interdisciplinar em Educação no Campo - Integral (30); Interdisciplinar em Educação no Campo – Integral (30 – 2º semestre).
Rio Grande do Sul: 700 vagas
Campus Cerro Largo

Campus Erechim
Administração – Integral (50); Agronomia – Integral (50); Ciências Biológicas – Integral (60); Engenharia Ambiental – Integral (50); Física – Noturno (30); Letras Português e Espanhol – Noturno (30); Química – Noturno (30).

Agronomia – Integral (50); Arquitetura e Urbanismo – Integral (50); Engenharia Ambiental – Integral (50 – 2º semestre);Filosofia – Noturno (50); Geografia – Noturno (50); História – Noturno (50); Pedagogia – Noturno (50); Ciências Sociais – Noturno (50)
NOVA POLÍTICA DE INGRESSO
A UFFS reservará vagas aos candidatos que cursaram integralmente ensino médio em escola pública na porcentagem equivalente a de alunos matriculados no ensino médio da rede pública de ensino, de cada estado em que a UFFS está instalada. Dessa forma, o processo seletivo será diferenciado em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul.
Em Santa Catarina, de acordo com o Censo Escolar (2011/INEP/MEC) 86% dos alunos estão matriculados no ensino médio na rede pública. Já no Rio Grande do Sul esse percentual sobe para 89%, enquanto que no Paraná 87% dos alunos estão na rede pública.
Dentro de sua autonomia, a UFFS destinará, ainda, 5% das vagas para alunos que cursaram parcialmente o ensino médio em escola pública ou em escolas cujo orçamento seja, no mínimo, 50% composto por recursos públicos. Sendo que 4% desse percentual incidirá sobre as vagas reservadas àqueles que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública e 1% incidirá sobre as vagas restantes, chamadas de vagas da Ampla Concorrência (AC).
A lei dispõe, ainda, sobre a reserva de vagas para os autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Com base nos dados do Censo IBGE 2010, Santa Catarina tem 16%, Rio Grande do Sul 17% e Paraná 29% da população que se enquadra nas cotas para pretos, pardos ou indígenas. Essa reserva é para candidatos que cursaram integralmente a escola pública e será inserida, nessa porcentagem, em cada um dos segmentos de renda familiar.
Das vagas reservadas, 50% são destinadas para candidatos com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita e 50% para candidatos com renda familiar bruta superior a 1,5 salário mínimo per capita.
No momento da inscrição, o candidato poderá optar pela inscrição em um, entre seis grupos, conforme seu perfil. Para facilitar e esclarecer esse processo de ingresso, a UFFS confeccionou uma cartilha didática, disponível também online.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Clima e Aquecimento


Foto: João palmeiro

Quando se fala em aquecimento global, a principal questão de desacordo entre os especialistas é com que profundidade a interação humana afeta a biodiversidade, e os reais efeitos que pode causar no clima do planeta.

As opiniões se dividem entre os que defendem que nossa ação influi direta e drasticamente no meio ambiente e os que chegam a afirmar que tudo não passa de um ciclo natural do planeta.

Entre os que alertam para o aquecimento global e a necessidade extrema de contribuirmos para o resfriamento do planeta está James Hensen, cientista climático da NASA. Em entrevista concedida ao jornal “De Spiegel”, afirma que “se não tomarmos uma atitude os níveis do mar podem subir até 2,74 metros até o fim do século” e isso afetaria pelo menos 40 milhões de pessoas.Segundo Hensen, aproximadamente 102% do aquecimento é motivado pela atividade humana, “o clima estaria esfriando se não fosse pelas emissões provocadas pela humanidade”.

O extermínio da fauna e flora do planeta também é uma preocupação do pesquisador: além do deslocamento para os polos ter se acelerado “o fato de várias espécies estarem confinadas a certas áreas porque os humanos ocuparam grande parte do planeta, fica evidente que para elas será muito difícil migrar. Portanto, é provável que uma grande parcela das espécies da Terra seja extinta.”

Anthony Watts, meteorologista norte-americano, denunciou incorreções nos cálculos do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) da ONU. Do ponto de vista de Watts, as estações de medição que ficam em grandes cidades e locais mais afetados pelo calor têm substituído dados das medições em altitudes mais elevadas. Ele acredita que o monitoramento via satélite é o mais adequado, sendo apoiado por outros pesquisadores como o professor de ciências atmosféricas John Christy, da Universidade do Alabama, que já esteve entre os principais autores do IPCC.

Na contra-mão dessas opiniões, Luiz Carlos Molion, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas e representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirma que o fenômeno do aquecimento global não é relevante, e que a Terra vai esfriar nos próximos 20 anos e que as emissões na atmosfera provocadas pelo homem são incapazes de causá-lo. “A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta”, afirma.

Com base em dados de acompanhamento da temperatura dos oceanos, Molion assegura que estes estão perdendo calor. Para o pesquisador, o derretimento das geleiras não afeta o nível do mar, uma vez que o gelo derretido é apenas superficial. Afirma ainda, que o nível do mar não vem aumentando. “Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global”, defende.

Acreditando ou não na interferência decisiva do homem no fenômeno das mudanças climáticas, o ideal é utilizar com sabedoria os recursos naturais: buscar a adoção de energia limpa e renovável, além do convívio sustentável com a biodiversidade do planeta.

Publicado originalmente no blog Esquecimento Global
03/05/2010

Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável


Para os que curtem a revista "Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável", publicada pela EMATER/RS, e mesmo para os que ainda não conhecem a revista, encontra-se disponível a versão digital da edição 02/2012, do mês de agosto do mesmo ano.




Para quem tiver interesse em visualizar as demais edições anteriores, as mesmas se encontram disponíveis neste link:

http://www.emater.tche.br/hotsite/revista/

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dá pra confiar nos cientistas?


Por enquanto só há uma certeza sobre o aquecimento global: duvidar das previsões catastrofistas pode ser mais arriscado que se preparar para o pior.

A mobilização internacional em torno do aquecimento global tem sido tamanha que é cada vez mais comum ouvir uma reação cética. "Para que tanto alarme?", perguntam. "Por que devemos acreditar no que dizem os cientistas se eles mal conseguem prever se vai chover amanhã?"
Um grupo de cientistas, políticos e economistas tem questionado as previsões alarmistas de modo bastante persuasivo. O maior expoente desse grupo de céticos é o estatístico dinamarquês Bjorn Lomborg, autor do livro O Ambientalista Cético, publicado em 2001. No livro, Lomborg pinta um quadro otimista do futuro do planeta. De acordo com ele, as previsões dos especialistas em clima são exageradas. Outro representante célebre da comunidade cética é o escritor de ficção científica americano Michael Crichton. Em seu romance Estado de Medo, de 2004, Crichton cria uma trama em que ecoterroristas usam pseudociência para ameaçar reféns. "A sociedade ocidental está assombrada por medos exagerados ou inadequados", diz Crichton. Ele foi recebido recentemente pelo presidente americano George W. Bush - outro cético famoso em relação ao clima - em jantar na Casa Branca saudado por um resenhista da revista americana New Yorker como um encontro entre dois dos maiores autores de ficção sobre terrorismo do planeta.
Ironias à parte, os céticos levantam uma questão essencial: até que ponto podemos confiar nas previsões dos cientistas sobre o clima? "Há mais dúvidas que certezas", afirma o administrador de empresas João Luiz Mauad, um estudioso que acompanha de perto o debate em torno do aquecimento global. "Os céticos me parecem muito mais bem fundamentados que os outros. O aquecimento global virou um negócio, há muito dinheiro envolvido em pesquisa e, por isso, os cientistas estão forçando a barra. Apelar para um suposto consenso é uma velha estratégia para evitar o debate."
O tal consenso vigente entre os pesquisadores - formado pela elite científica que integra o maior painel sobre clima do mundo, o IPCC - afirma que nosso planeta está ameaçado por causa da ação humana. E bastariam 3 graus Celsius de aumento na temperatura do planeta para a Terra ficar irreconhecível. Tais previsões são baseadas em estudos de probabilidades, alimentados pelo conhecimento científico mais avançado até agora. De concreto, pode-se dizer que, provavelmente, assim como houve diversas outras eras em que o planeta esquentou e esfriou, estaríamos entrando numa fase de aquecimento global mesmo sem a interferência humana. Mas também é possível afirmar que, com certeza, a ação humana, por meio da emissão de gases, é uma grande contribuição para o aquecimento da atmosfera. Nossas certezas acabam aí. É bom que o debate em torno do aquecimento global seja movido pela incerteza. O ceticismo sempre fez a ciência evoluir. A seguir, tentamos apresentar o que se sabe sobre as principais dúvidas que cercam o aquecimento global.


Como é possível prever o clima do futuro se os pesquisadores erram até a previsão do tempo? 
A meteorologia pertence a um grupo de disciplinas conhecidas como ciências da complexidade. Como o próprio nome diz, são ciências complexas. O maior exemplo disso é o clima da Terra, um fenômeno que envolve um sem-número de variáveis. Vários fatores se comportam praticamente ao acaso, como a pressão do ar e o comportamento dos ventos. Por isso, toda previsão está sujeita a fatores imponderáveis, que impedem previsões precisas. É virtualmente impossível, por exemplo, saber se vai chover ou fazer sol no dia 25 de dezembro deste ano em São Paulo. Mas as ciências da complexidade têm uma característica peculiar: embora não permitam previsões com alto grau de precisão, permitem detectar tendências nos fenômenos. Embora não dê para dizer se vai chover no Natal, é corriqueiro prever com grande precisão quanta chuva vai cair em dezembro. "O clima dos últimos três verões foi bastante parecido em São Paulo", diz Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isso significa que a média de temperatura variou pouco e a quantidade de chuva que caiu na região foi equivalente à de outros anos. É por isso que errar na previsão do tempo não significa errar na previsão do clima.

Como os cientistas sabem como estará o clima da Terra em 2100? 
As grandes equações que tentam prever o clima futuro são aceitas como seguras porque foram testadas, antes, para prever o passado. Com base no comportamento de variáveis climáticas como correntes marinhas, ventos e incidência dos raios solares, os cientistas constroem, em computadores, modelos capazes de simular o clima. A primeira coisa que eles fazem é testar esses modelos com variáveis do passado. Os computadores tentam calcular como teria sido o clima em 1950 ou 1901. Em seguida, os pesquisadores levantam os registros históricos de observações meteorológicas para conferir se os modelos acertaram ou erraram. E tentam adaptá-los e corrigi-los, progressivamente. Os modelos estão cada vez mais sofisticados. Nos anos 90, as simulações passaram a ser feitas em supercomputadores, com novas variáveis atmosféricas e um volume maior de informações.


Os últimos relatórios de mudanças climáticas erraram. Para menos
Por que só agora os cientistas dizem que há consenso sobre o aquecimento global?
Num dos primeiros encontros mundiais sobre mudança climática, em 1975, em Toronto, metade dos cientistas imaginava que a Terra esquentaria, a outra metade estava certa de que o planeta esfriaria. De lá para cá, o conhecimento evoluiu. Os últimos cinco anos foram decisivos. Havia poucos modelos climáticos e eles eram deficientes. Os modelos de clima não consideravam a influência de alguns ciclos naturais, como a circulação do gás carbônico na Floresta Amazônica. Entre 1990 e 2001, os pesquisadores consideravam apenas 12 modelos em suas previsões. O relatório divulgado em fevereiro deste ano considerou os 20 modelos climáticos mais confiáveis. Cada um foi desenvolvido por um centro de pesquisas independente. "Ter mais modelos significa mais embasamento teórico para um consenso", diz o climatologista holandês Paul Crutzen, prêmio Nobel de Química em 1995. "Os modelos de computador s não chegam exatamente ao mesmo resultado. Mas todos apontam a mesma tendência: o planeta vai continuar esquentando pelos próximos 2 mil anos", diz o geógrafo Jack Williams, da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos.

A Terra já enfrentou períodos quentes e frios. Por que acreditar que nós, seres humanos, somos responsáveis pela mudança climática atual?
É fato que o planeta passou por períodos de frio e calor antes de os humanos o ocuparem. "A diferença é que esses períodos de aquecimento e resfriamento da Terra duraram milhares de anos", diz Peter Cox, professor de Dinâmicas de Mudanças Climáticas da Universidade de Essex, no Reino Unido. "O planeta nunca se aqueceu tão rapidamente." Há outra razão científica para acreditar que o homem vem sendo responsável por este aquecimento. Os modelos climáticos só conseguem explicar o aquecimento global dos últimos séculos quando consideram os gases despejados pelo homem. Não há processos naturais conhecidos que expliquem o fenômeno. "É por essas duas razões principais que, pela primeira vez na História, os pesquisadores chegaram a um consenso: o homem é o principal agente da mudança climática", afirma Cox.




Como os cientistas podem dizer que um aumento de apenas 3 graus na temperatura fará tanta diferença?
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores comparam as condições climáticas de hoje com as do passado. Estudos do clima na Pré-História mostram como era a atmosfera terrestre até milhões de anos atrás. Isso é possível pela análise de bolhas de ar que ficaram presas em blocos de gelo do Ártico e da Antártida. Eles sabem a idade das bolhas pela profundidade em que foram encontradas (o gelo se acumula em camadas ao longo dos milênios). Para prever como seria a Terra 3 graus mais quente, os cientistas estudam o último período em que o planeta alcançou tal temperatura, entre 120 mil e 100 mil anos atrás. "A temperatura estava exatamente na faixa esperada para o fim deste século", diz o climatologista americano Kerry Emanuel, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Na época, o aumento na temperatura foi provocado por alterações na órbita da Terra em relação ao Sol. Geólogos que estudam erosão, sedimentação e as mudanças do litoral do planeta ao longo dos milhões de anos sugerem que metade da Groenlândia e parte da Antártida derreteram há 120 mil anos. O mar estava até 6 metros mais elevado que hoje. Esse retrato da Terra daquela época ajuda a ilustrar o que poderá acontecer neste século.

Qual o grau de acerto dos cientistas em suas previsões? 
Um estudo publicado em fevereiro na revista científica Science analisou as previsões dos três relatórios do painel climático da ONU, o IPCC, nos últimos 15 anos. A conclusão foi surpreendente. De acordo com a análise, os últimos relatórios erraram. O painel não acertou os índices de emissão de gás carbônico, nem o aumento do nível do mar, nem o aumento da temperatura global. Mas os erros ocorreram dentro da margem prevista e, o mais importante, de modo conservador. A temperatura, o nível do mar e a emissão de poluentes subiram mais que o previsto. "É por isso que, até agora, o IPCC só pode ser acusado de excesso de cautela", diz Paulo Artaxo, pesquisador da Universidade de São Paulo. A valer a conclusão dessa análise, preparar-se para o pior pode ser mais sábio que duvidar das previsões catastrofistas.


Luciana Vicária
10/09/2008

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

5 de dezembro, Dia Mundial do Solo



  
  
 
 
Neste dia 5 de dezembro comemora-se o dia mundial do solo e a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em sua sede, em Roma, realiza uma sessão especial com o tema ”Securing healthy soils for a food secure world” (Garantindo solos saudáveis para um mundo seguro em alimentos).  
As relações solo-homem têm sido muito pouco discutidas no Brasil e se intensificaram um pouco mais frente aos graves problemas ocasionado pelos desastres naturais que têm, periodicamente, assolado inúmeros estados e municípios do País, mais especificamente, nas áreas litorâneas dominadas pelo ecossistema dominado pela Serra do Mar. São inúmeros os episódios ocorrentes anualmente, por ocasião das chuvas, desde Santa Catarina até o Espírito Santo. Os prejuízos relacionados a perdas humanas e materiais decorrentes destes eventos têm preocupado e motivado os governos e a sociedade civil organizada no sentido de pesquisar e entender melhor esses episódios.
Não obstante esses fatos, pouco se fala sobre o solo como meio capaz de sustentar a vida no planeta e que se encontra ameaçado também por ações do homem em práticas predatórias. No Brasil, por exemplo, são perdidos milhões de toneladas de solo anualmente nos diversos sistemas de uso desse recurso natural e cuja imagem mais recorrente é a de rios impregnados de sedimentos.
Servir como meio básico para a sustentação da vida e de habitat para pessoas, animais, plantas e outros organismos vivosmanter o ciclo da água e dos nutrientes; servir como meio para a produção de alimentos e outros bens primários de consumo; agir como filtro natural, tampão e meio de adsorção, degradação e transformação de substâncias químicas e organismos; proteger as águas superficiais e subterrâneas; servir como fonte de informação quanto ao patrimônio natural, histórico e cultural; constituir fonte de recursos minerais; e servir como meio básico para a ocupação territorial, práticas recreacionais e, propiciar outros usos públicos e econômicos, são as principais funções do solo. E dessa forma, o solo deve ser considerado como elemento fundamental para a sustentação e sobrevivência do homem na face da terra.
A Epagri, responsável pela política de pesquisa agropecuária e extensão rural em Santa Catarina, uma das mais importantes organizações científicas brasileiras nesses setores, tem a obrigação de focar como uma de suas responsabilidades e prioridades o tema solo, sendo também seu papel mostrar que a ciência, a tecnologia e a inovação estão disponíveis principalmente para a prática de uma agropecuária comprometida com a conservação do solo e a sustentabilidade ambiental.
Essa preocupação tem se manifestado através do sinal verde da Epagri em realizar, juntamente com outras instituições, o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, no período de 28/7 a 2/8/2013 em Florianópolis. É a primeira vez na história da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) que umaempresa estadual de pesquisa e extensão rural traz para si a responsabilidade da realização desse, que é o principal foro de discussão, congregação e reflexão da atuação da ciência do solo no Brasil.
Estima-se a participação de mais de 3000 congressistas de todo País, envolvidos em torno do tema escolhido para o congresso, qual seja, Ciência do Solo: “PARA QUÊ E PARA QUEM?”.

Que o dia 5 de dezembro fique marcado como um dia de reflexão e que motive os pesquisadores, extensionistas, produtores rurais, governos federal, estaduais e municipais e, principalmente a sociedade civil, a priorizar a conservação e cuidados com o uso e qualidade do solo, como um fator de sobrevivência do homem na face da terra.

Fonte: Engs. Agrs. JoséLaus Neto e Ivan Bacic (Ciram) e Milton da Veiga (EECN) 
04/12/2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Rumo à Ciência: Estudantes da UFFS sem Fronteiras


Sem-Ttulo-11
Arrumar as malas. Essa será uma das atividades para Jaderson Webler e Letiane Hendges, estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), nos próximos meses. Eles foram os primeiros aprovados da instituição no Ciência sem Fronteiras, programa das instituições de fomento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), (CNPq e Capes) –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.
O coordenador do programa na UFFS, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Joviles Trevisol, ressalta que as aprovações são importantes para os estudantes e para a UFFS. “É motivo de alegria para os estudantes contemplados, para os cursos de origem (Ciência da Computação e Engenharia Ambiental) e os campi (Chapecó e Cerro Largo) e para toda a UFFS. Não há dúvida que será uma experiência fundamental para os estudantes, pois agregará muito conhecimento, contatos e relações. A experiência de viver no exterior, por si só, já é fascinante e rica”.
Webler foi o primeiro a ter certeza de que iria. Foram diversas fases de encaminhamento de documentos e confirmações, até que no dia 22 veio um e-mail do DAAD, interlocutor da Alemanha com os responsáveis pelo programa no Brasil. “Fiquei muito feliz. Sempre quis e sempre tive interesse em estudar fora do Brasil. Fui confiante, mas mesmo assim foi uma surpresa”, contou.
O estudante, prestes a completar 21 anos, do curso de Ciência da Computação do Campus Chapecó, foi aceito na universidade que escolheu como primeira opção – são três opções apontadas pelos inscritos. Ele vai para a Technische Universitat München, (Universidade Técnica de Munique), a melhor colocada na área de estudo de Webler na Europa, segundo o site da própria instituição (em www.in.tum.de/en/for-prospective-students/good-reasons/university-rankings.html ). Também se interessou pela universidade pelo fato de que München é o sobrenome de sua mãe e o local de onde os bisavós dela vieram. “Minha mãe ficou emocionada. Temos um livro da família e pretendo rastrear pessoas com o mesmo sobrenome dela”, afirmou.
O estudante da UFFS buscou a informação do ranking antes da inscrição. Também buscou muitas outras: soube, por exemplo, por pesquisas na internet, que além da excelência no ensino de sua área, a universidade de München possui um centro esportivo completo, inclusive oferecendo a possibilidade de seus estudantes praticarem esportes de inverno, com ski e snowboard. Também tomou conhecimento que há uma linha de metrô na universidade e viu o alojamento da instituição alemã.
Mas não foi somente com relação à universidade que ele buscou se informar. Ainda no segundo ano do ensino médio, quando morava com a família em Cerro Largo (RS), Webler despertou o interesse em fazer intercâmbio. “Como o que eu pesquisei era mais voltado ao trabalho em fazendas, resolvi esperar até a graduação”, revelou.
Para a inscrição no programa, ele também buscou muitas informações na internet. Uma delas o fez economizar. O Exame de Proficiência, exigido para comprovar o conhecimento na língua, foi realizado em um dos locais credenciados que não cobra. A programação do jovem também foi baseada em tudo o que buscou e estudou: ele fez o exame no dia 25 de setembro, já prevendo que sua última data para mandar o comprovante era no dia 27.
Depois de todo o processo, ele continua buscando e pesquisando. Está estudando ainda mais a língua e lendo sobre a universidade.
Webler vai ficar um ano e três meses na Alemanha. Vai ganhar da universidade, três meses de curso de alemão intensivo antes de iniciar as aulas. Terá mensalidade de bolsa, auxílio instalação, passagens aéreas e seguro saúde. Pretende não trabalhar para poder se dedicar ao máximo nos estudos. “Quero estudar em tempo integral. Como lá a qualidade é muito grande, a exigência também será. Se aqui na UFFS, no curso de Ciência da Computação os estudantes já são bastante exigidos, imagina lá!”, explicou.
Ele não se preocupa se, por ventura, perder o semestre que está cursando na UFFS. “Vou continuar fazendo os trabalhos e provas, mesmo sem saber se poderei aproveitar o semestre. E não tenho problema em repetir o semestre depois que voltar”. Webler é bolsista de extensão até dezembro, então conseguirá finalizar sua participação. Mas também é voluntário num projeto de pesquisa de Computação Gráfica, o qual pretende continuar colaborando, mesmo à distância.
Para os interessados em tentar essa experiência, Webler dá um conselho: se preparar com a língua e também financeiramente (para viagens para o exame de proficiência, por exemplo), ter boas notas no curso, prestar atenção nos documentos necessários e nos prazos e pesquisar muito.

Campus Cerro Largo também terá representante em universidade da Alemanha
Outra estudante da UFFS selecionada no Ciência sem Fronteiras foi a acadêmica de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis do Campus Cerro Largo, Letiane Hendges. Ela também vai para a Alemanha estudar na Universidade Neubrandenburg, sua primeira opção. “Achei a oferta dela bem interessante, pois aborda um assunto que eu gosto e que terá um bom campo de trabalho depois, se trata de uma parte mais aplicada da engenharia ambiental. Além disso, oferecia bastante vagas”,  afirma.
A escolha do país deu-se em função de sua origem e do contato intenso e frequente com a cultura alemã desde pequena. Com a língua, ela vai se virar muito bem: o uso do dialeto em casa sempre foi muito acentuado. Além disso, durante o ensino fundamental Letiane teve aulas de alemão. “Isso me colocou em contato com o Hochdeutsch (alemão clássico)”, conta.
E o que esse fato vai acrescentar em sua vida? Sem comentários, responde Letiane, que acredita que muitas coisas serão aprendidas na Alemanha: “Vou aprender como é o sistema alemão de conservação do meio ambiente, a sua legislação, como ele implanta essa legislação e assim, quando eu voltar para cá poderei conciliar o que aprendi lá com nossa realidade aqui”.
Tranquila, ela diz que está fazendo uma coisa de cada vez com relação ao preparo dos documentos necessários à viagem. A primeira etapa, segundo Letiane, é providenciar seu passaporte: “Vou fazer uma coisa de cada vez, até porque é tudo muito recente”, pondera.
Quanto aos conselhos para os colegas que desejam pleitar uma vaga nos próximos editais do Ciência sem Fronteiras, ela conclui: “é preciso se inscrever com fé e acreditar que podem conseguir, ter motivação para enfrentar as dificuldades que aparecerem, pois às vezes é um pouco estressante ter que correr atrás dos papéis para o programa e estudar para as matérias do curso aqui. O teste de proficiência não é tão complicado, no edital informa o tipo de teste que tem que ter para ir para cada país”
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03/12/2012