terça-feira, 5 de junho de 2012

Diálogos da CNA: o desafio da economia verde


Assessoria de Comunicação CNA

Definir o que é economia verde é um dos grandes desafios do mundo atual, especialmente na véspera de um evento internacional como a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20



Definir o que é economia verde é um dos grandes desafios do mundo atual, especialmente na véspera de um evento internacional como a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, essa definição deverá considerar a importância da inovação, da pesquisa científica, sem estigmatizá-la, e a integração da ecologia na economia. Ao participar do debate “Economia verde é o caminho”, que marcou a inauguração do Espaço CNA na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo, coordenado pelo jornalista William Waack, afirmou que os produtores rurais não podem assumir o ônus individual da preservação que é um bem coletivo. “Essas pessoas precisam receber pela produção da água e pela proteção da biodiversidade”, afirmou. 

O economista Paulo Rabelo de Castro, que também participou do debate, disse que, para ele, a definição de economia verde deverá ser sinônimo de não desperdiçar. Afirmou que o produtor rural está habituado a produzir com recursos escassos, tanto financeiros, quanto da natureza. Para a senadora Kátia Abreu, a questão ambiental não era vista da mesma forma que hoje pelos nossos pais e avós. Disse que a revolução verde dos anos 70 e 80 incentivou o desmatamento para o País ser autossuficiente na produção de alimentos. No atual momento, o desmatamento é criminalizado, o que impõe a necessidade de uma definição de conceitos sobre economia sustentável. O economista Paulo Rabelo de Castro concorda a respeito da necessidade de novas definições que incluem a valorização de pesquisa de inovação tecnológica e a conceituação de um cálculo de PIB (Produto Interno Bruto) que leve em conta meio ambiente e distribuição de riqueza. 

A senadora Kátia Abreu ressaltou que todos, hoje em dia, são ecologistas, o que os diferenciam são suas prerrogativas. Ela defendeu a necessidade de salvar as águas e a limpeza dos mananciais. Rejeitou, no entanto, a defesa ambiental por ações autoritárias e antidemocráticas. Logo após o debate, a presidente da CNA e o presidente da SRB, Cesário Ramalho, inauguraram oficialmente o espaço de representação da CNA em São Paulo, em cerimônia que contou com a presença do prefeito da capital, Gilberto Kassab. Na sequência, a senadora Kátia Abreu participou de uma sessão de autógrafos de seu livro de artigos “Palavra e Ação”.

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