quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Diversificação do ambiente reduz infestação de plantas daninhas



Outros fatores, como a ausência de cobertura do solo, a inexistência de rotação de culturas e de herbicidas causam a propagação

Plantas daninhas de difícil controle, como a buva, têm preocupado cada vez mais produtores rurais de vários estados brasileiros. A buva, que se propaga facilmente pelo ar, pode produzir até cem mil sementes por planta e está entre os principais problemas em áreas de pastagens e de cultivo de soja no Brasil. Em 2005, o biótipo resistente dessa planta daninha foi detectada em São Paulo e no Rio Grande do Sul e começou a se espalhar por outros Estados, como Mato Grosso do Sul. A alta infestação também é causada por outros fatores, como a ausência de cobertura do solo, a inexistência de rotação de culturas e de herbicidas.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Germani Concenço, trabalha nas áreas de sistemas de produção sustentáveis e manejo integrado de plantas espontâneas, e explica que o manejo de plantas daninhas, especialmente as de difícil controle, deve ser integrado, para diversificar o ambiente e reduzir a infestação. A inserção de tecnologias como consórcio milho-braquiária e Integração Lavoura-Pecuária são exemplos de práticas que reduzem a ocorrência de espécies daninhas.

O cultivo do trigo na safrinha, além do milho consorciado com braquiária, também está entre as alternativas para controle de plantas daninhas, porque além de formar palhada bem distribuída no solo, possui efeito alelopático, ou seja, produzem substâncias que colaboram para reduzir a proliferação das espécies daninhas, inclusive a buva. "Após três a cinco anos do início do manejo correto na área já infestada, a redução do número de sementes no solo será significativa, e a infestação nas safras subsequentes será menor", afirma o pesquisador.

03/10/2012
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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