segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Em parceria com MDA, Programa Leite Gaúcho capacita mais de 30 mil famílias de agricultores



Um ano após ter sido implantado pelo governo do Rio Grande do Sul com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e outros parceiros, o Programa Leite Gaúcho comemora resultados positivos e metas alcançadas.

Com a contribuição do Leite Gaúcho, que já tem 40 mil produtores cadastrados por meio de 70 cooperativas, a produção estadual este ano atingiu dez milhões de litros/dia, o que representa um aumento de 11% em relação aos nove milhões de litros/dia de 2011. O que colabora, em muito, para a produção nacional.

Além de aumentar a renda e a produtividade dos agricultores de base familiar, e de melhorar, substancialmente, a qualidade do leite no estado, o programa contribui com projetos de combate à pobreza extrema, por meio de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), capacitação, monitoramento da produção e acesso a crédito subsidiado entre outras.

O MDA apoia a qualificação e capacitação dos produtores por meio de chamadas públicas para prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). No estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em um ano, beneficiou 30 mil produtores de leite com ações de qualificação da produção e capacitação.

Parceiros
O MDA e os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Educação (MEC/FNDE) têm papel fundamental na implementação do programa com investimentos para sua execução, bem como na garantia de acesso a mercado por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

No caso do MDA, além da Ater, uma das contribuições mais importantes para o êxito do Leite Gaúcho vem do programa de entrega de retroescavadeiras, que integra as ações da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e ajuda a melhorar as condições das estradas vicinais. A ação facilita o escoamento da produção nos municípios onde a produção agrícola é essencialmente proveniente da agricultura familiar e melhora, também, o acesso da juventude rural à rede de ensino estadual.

Público-alvo
O público-alvo do Programa são os produtores que já se encontram na atividade leiteira, mas o Leite Gaúcho também visa atrair novas famílias, assentadas da reforma agrária e do crédito fundiário, além de quilombolas e indígenas. Outro público-alvo são ex-produtores de tabaco que, deste modo, podem aproveitar a oportunidade de ingressar em uma atividade com retorno imediato, renda mensal e mercado assegurado.

De acordo com o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Rural, da Pesca e Cooperativismo (SDR) do Rio Grande do Sul, José Adelmar Batista, que também é diretor da Agricultura Familiar do estado e coordenador do Leite Gaúcho, os serviços de Ater são de grande relevância para o Programa.

Batista destaca que, para aumentar a produtividade, é preciso um trabalho de melhoramento genético e de manejo da alimentação animal, o que só é possível por meio de cursos para que o agricultor possa entender melhor o que ele precisa melhorar. “Às vezes, o agricultor fica parado numa atividade que não está dando lucro simplesmente por falta de capacitação ou de uma qualificação melhor”, explica.

A produtividade do gado leiteiro gaúcho é uma das maiores do Brasil, chegando a 2.336 litros/vaca ordenhada por ano. No entanto, menos de 50% do leite produzido se enquadra nas exigências da legislação federal vigente que trata da normas da produção nacional de leite. Existem, no Rio Grande do Sul, 441 mil estabelecimentos rurais e 134 mil produtores de leite, onde 70% comercializam menos de 100 litros/dia, segundo o mais recente Censo Agropecuário, de 2006.

Esse é o motivo, segundo José Batista, de um dos focos prioritários do programa estar centrado na qualidade. “Nós queremos que os agricultores se adaptem, o quanto antes, às exigências estabelecidas pela nova Instrução Normativa nº 62, publicada em 30 de dezembro de 2011 no Diário Oficial da União”, frisa o diretor da SDR.

Zoonoses
O Leite Gaúcho também dedica capítulo especial à questão das doenças provocadas em seres humanos por microorganismos presentes no leite e seus derivados, uma vez que, embora sejam produzidos por animais saudáveis, a contaminação pode ocorrer. Neste item, o Rio Grande do Sul conta com a vantagem de ser pioneiro no controle de zoonoses, tendo erradicado em alguns territórios doenças como a brucelose e a tuberculose.

Como participar
Para ingressar no programa, os produtores precisam estar enquadrados na Lei da Agricultura Familiar, além de se cadastrarem junto ao escritório local da Emater, por meio de cooperativas e empresas de produtos lácteos participantes do Programa.

O acesso é livre e gratuito. Segundo José Batista, o único custo é o do deslocamento do agricultor da propriedade dele até a cidade onde ocorre a capacitação. “Mas se houver necessidade de se deslocar até uma cidade que não seja muito distante, o transporte poderá ser feito de graça por meio da parceria com associações e cooperativas”, informa.

Para saber mais sobre o programa, basta acessar o site www.sdr.rs.gov.br ou solicitar informações pelo e-mail leitegaucho@sdr.rs.gov.br.


Brasília, DF
05/10/2012

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